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Preocupações ambientais e partidos políticos

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Os resultados eleitorais do PAN nas últimas eleições europeias foram, em certa medida, uma surpresa para muitos analistas políticos.

Procuradas as razões de tal fenómeno, salientaria duas:

– a desilusão de muitos eleitores com os partidos “tradicionais” do nosso espectro partidário;

– a pouca ou nenhuma importância atribuída por estes partidos às questões ambientais.

O denominador comum destas duas causas é a dificuldade dos “partidos instalados” se adaptarem aos novos tempos.

Hoje é claro para a ciência que estamos a caminhar rapidamente para uma situação que se pode tornar de não retorno. Assim, os partidos têm a obrigação de assumir a vanguarda da luta persistente por melhor ambiente.

As questões relacionadas com o ambiente têm sido percepcionadas pela população, porventura injustamente, como não sendo prioritárias para os partidos.

Em boa parte, é nesta dissonância entre “o estado real do ambiente”, a “percepção da população sobre o assunto” e “o alheamento dos partidos” que surge o sucesso do PAN.

Veja-se, a título de exemplo, o que tem acontecido todos os anos com as águas dos rios.

Este ano, foi novamente hasteada a bandeira vermelha na lindíssima Praia Fluvial do Faial.

Entretanto, ouvimos responsáveis políticos a declarar que a poluição do Faial se devia a descargas poluentes no rio Homem.

Assim sendo, é surpreendente não ter existido nenhum alerta de impedimento de utilização do rio entre o foco poluidor e a Praia Fluvial do Faial.

É que se a água na Vila de Prado estava poluída, a montante, principalmente no rio Homem onde o caudal é muito menor do que no Cávado, a água estaria por certo bem pior.

Vislumbro duas hipóteses para não termos sido alertados para águas contaminada do rio Homem:

  1. a qualidade das águas não está a ser devidamente monitorizada;
  2. os responsáveis políticos não divulgaram devidamente a informação.

Qualquer uma delas diminui a nossa confiança.

A vigilância da qualidade da água nos rios é fundamental. Ela é insuficiente no verão e bem pior durante inverno.

A Praia do Faial é uma PRAIA FLUVIAL IDENTIFICADA e como tal tem a vigilância de vários organismos o que ajuda a minimizar os riscos de desinformação. Mas todas as outras praias fluviais do concelho são PRAIAS FLUVIAIS NÃO IDENTIFICADAS e, como tal, os organismos públicos não têm obrigação de fazer vigilância das águas, o que piora a situação. Geralmente são esquecidas. Há que lhes dar a atenção que merecem.

Será importante que os decisores políticos coloquem como prioritárias as questões ambientais e, neste particular, promovam uma cuidada e sistemática vigilância da qualidade das águas dos rios, com a consequente informação à população.

É tempo de despertar e agir!

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