O presidente da Câmara de Guimarães assegura que enquanto dirigir os destinos do município e da Comunidade Intermunicipal do Ave (CIM do Ave) não viabilizará a criação de uma Área Metropolitana que resulte da fusão com a Comunidade Intermunicipal do Cávado (CIM Cávado).
Domingos Bragança respondia assim ao pedido formulado pelo vereador do PSD, Ricardo Araújo, para pronunciar-se sobre o “impacto futuro” do memorando de entendimento celebrado entre as duas comunidades intermunicipais para a cooperação em projectos e acções em diversas áreas de intervenção.
No final da reunião do Executivo, desta segunda-feira, o autarca socialista, citado pelo Grupo Santiago, afirmou que “o sr. ministro só não avançou para a Área Metropolitana do Cávado e do Ave porque não teve o meu assentimento”.
“Assinamos um memorando de entendimento, mais nada. No documento não aparece a palavra ‘Área Metropolitana'”, acrescentou, argumentando que a sua posição “não cria restrições nem condicionamentos para aquele que poderá ser o entendimento de quem os vimaranenses vierem a confiar a liderança dos destinos do município”.
O autarca acrescentou, ainda citado pelo ‘Santiago’, que se os candidatos às Autárquicas apresentarem uma proposta de “criação de uma Área Metropolitana que obrigatoriamente ficará centrada em Braga, não tenho de ficar aborrecido. Estou bem comigo porque tornei pública o meu entendimento e a minha leitura. Se querem devolver toda a centralidade Braga com a criação da Área Metropolitana, façam o favor”.
“Agora, os vimaranenses sabem exactamente a minha interpretação política e até Outubro não assinarei coisíssima nenhuma nesse sentido”, afiançou o autarca que não concorrer às próximas Eleições Autárquicas por ter atingido o limite de mandatos.
PSD: “IDEIAS CLARAS”
Já Ricardo Araújo defende a criação de uma Área Metropolitana “desde que assegure o peso das duas centralidades que lideram a CIM do Cávado e a CIM do Ave”.
Contudo, o vereador social-democrata frisa que “não se pode embarcar numa onda de Área Metropolitana sem defender a perspectiva de Guimarães”.
“Como vejo isto de uma forma instrumental, de planeamento do território, a experiência é relevante para perceber até que ponto o saldo será positivo para Guimarães”, sustentando que são necessárias “ideias claras” sobre o futuro do município”.