O PS de Vila Verde considera que o orçamento da Câmara Municipal para 2024 “esqueceu-se” dos vilaverdenses e que se trata de um documento “sem rasgo” e “sem qualquer perspetiva de futuro”.
“Trata-se de um orçamento que não vai ao encontro das verdadeiras necessidades da população, um orçamento sem rasgo, sem ideias, sem qualquer perspetiva de futuro, é basicamente um orçamento de manutenção”, refere o partido.
Em comunicado, a Concelhia socialista refere que “este não é o caminho” que ambiciona para Vila Verde. “Em momentos como os que estamos a viver, necessitávamos de um orçamento direcionado para as pessoas, não com promessas, mas sim com propostas concretas com impacto direto na vida dos vilaverdenses”, refere.
O partido, que votou contra a aprovação do orçamento, quer no órgão executivo, quer na Assembleia Municipal, defende que há mais receita e mais despesa, mas “menos investimento nos vilaverdenses”.
“Penso que os vilaverdenses esperavam e mereciam bem mais da gestão da autarquia, muito mais do que uma gestão centrada em festas e fotografias para o Facebook, este orçamento mostra essencialmente a falta de planificação e ambição, é um orçamento elaborado apenas para cumprir calendário e executar serviços mínimos”, refere o PS de Vila Verde.
“DISCURSO PROPAGANDISTA”
Na análise às Grandes Opções do Plano, o estrutura socialista refere que, do total do orçamento, de mais de 49 milhões de euros, “sobram apenas 25 milhões”, “exatamente o mesmo valor que no ano anterior”.
“A gestão municipal consome 48% do orçamento global de 49 milhões de euros, assim sendo, podemos concluir que o aumento no orçamento geral face ao ano anterior (mais 5 milhões de euros) não vão para investimento mas sim para manter a máquina do município a funcionar”, critica.
Por isso, na ótica do PS, “é difícil acreditar no discurso propagandista” da presidente da Câmara, uma vez que “os números não batem certo com o discurso”.
“Para o Partido Socialista, não é admissível que um concelho como o de Vila Verde não aproveite as inúmeras vantagens do seu meio rural e localização privilegiada, há uma clara falta de aposta na agricultura (Festa das Colheitas não é agricultura) e na promoção do turismo, e pior, uma falta de sensibilidade nos apoios sociais e habitação”, acrescenta, deixando várias outras críticas.
“É em momentos como os que estamos a viver que a população mais necessitava deste tipo de apoios, de alguém que está no terreno e conhece as necessidades da população, não basta apoiar-se nas ajudas prestadas pelo estado e “assobiar” para o lado, não basta tirar fotografias com os mais necessitados, não basta fazer festas para os nossos idosos e chamar a isso apoios sociais”, acentua o PS.