O Parlamento foi esta segunda-feira alvo de buscas no âmbito do ‘caso das malas’, que envolve o ex-deputado do Chega Miguel Arruda, que é suspeito de furtos em aeroportos, confirma o gabinete de comunicação do parlamento.
A diligência foi realizada por elementos da PSP e liderada por uma magistrada do Ministério Público, «tendo a Assembleia da República prestado toda a colaboração na realização da diligência», avança o comunicado.
As buscas tiveram como alvo o gabinete de trabalho do parlamentar Miguel Arruda, que, entretanto, deixou o Chega e passou a deputado não-inscrito.
Miguel Arruda, deputado eleito pelo círculo dos Açores, foi constituído arguido e alvo de buscas na semana passada, devido a suspeitas de furto qualificado de malas nos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada.
As buscas decorreram na residência do deputado nos Açores e também na casa que ocupa quando está em trabalho parlamentar em Lisboa.
O deputado é suspeito de ter furtado malas nos aeroportos de Ponta Delgada e Lisboa, durante vários meses, sempre que voava para casa (no final da semana de trabalhos parlamentares) ou regressava ao continente.
Os artigos seriam depois colocados à venda numa plataforma online.
Miguel Arruda admitiu ter levado uma mala por engano, mas nega estar envolvido numa onda de furtos.
Em entrevista à CNN Portugal, sugeriu que vídeos de vigilância usados como prova contra si poderiam ser imagens adulteradas por inteligência artificial.
Na sequência do escândalo, Miguel Arruda abandonou a bancada parlamentar do Chega e passou a deputado não-inscrito. Disse também que vai pedir “baixa psicológica”.
Na sexta-feira, a SIC divulgou uma imagem do gabinete de Miguel Arruda, onde podiam ser vistas várias malas.
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