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Red Flags

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Opinião de João Araújo

 

Rodeiam-nos das mais diversas formas, sinais de que algo ou alguém não está dentro do que considerámos “estar bem”. No entanto, apercebo-me que estes sinais são constantemente desvalorizados, menosprezados ou até ignorados por nós e pela sociedade, apesar de serem um dos melhores avisos que podemos ter como um prelúdio para o que pode ou irá acontecer. Por isso, quando bem interpretados, são sinais que podem e devem evitar erros nossos ou de quem nos rodeia.

Ao longo da minha vida já me encontrei rodeado de vários destes sinais, tanto a nível pessoal como profissional: o amigo que muda drasticamente e tenta disfarçar; o familiar que se ausenta de convívios ou o cliente que me dá sinais contraditórios. Automaticamente começo a estar atento aos pequenos detalhes, aos que ninguém consegue controlar ou simular.

Mas nem sempre as “Red Flags” são sobre alguém ou sobre algum comportamento, maioritariamente são sobre situações, momentos ou até sobre algo mais complexo e de avaliação mais subjetiva. Mas todos somos capazes de as detetar e até perceber o seu princípio através de pequenos passos: primeiro ao desvendar as que se centram em nós, na nossa vida pessoal e profissional, passando às que envolvem o nosso círculo fechado familiar e de amigos, percebendo as nuances, errando muitas vezes, mas acertando cada vez mais, sempre com um espírito crítico, mas sempre percebendo que nada sabemos e que nos falta aprender tudo.

Com a prática torna-se algo intrínseco, que naturalmente fazemos. As Red Flags passam então a estar hasteadas com dimensões flagrantes e cores vibrantes, e aí sim, começamos a ver como elas nos rodeiam, como a sociedade está completamente cravada de avisos em como muita coisa está errada. A título de exemplo trago a forma como as pessoas ignoram o sofrimento alheio, tirando até regozijo do mesmo, e como a competitividade, que nos incutiram desde miúdos, passa de saudável a agressiva e sem limites.

Já repararam como ignorando consecutivamente os pequenos avisos à nossa volta, não resolvendo e não retirando a experiência dos mesmos, nos tornamos insensíveis aos grandes avisos? É como se não nos fossem afetar. Aceitamos que um político dê o dito por não dito, que minta e que desvie fundos. Se isto não é uma grande Red Flag, o que será?

Fiquem atentos aos pequenos avisos à nossa volta para que, passo a passo, possamos mudar muito e tornar a sociedade portuguesa, não uma âncora para o nosso desenvolvimento, mas sim uma vela. Se para todos uma Red Flag servir de aviso à navegação, acreditem que quem as pratica dificilmente as repetirá!

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