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Taxa de recusa de vacinação inferior a 2% em Braga

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A taxa de recusa de vacinação contra a covid-19 em Braga não chega aos 2% e não está relacionada com a marca da vacina. Esta foi uma das revelações saídas de uma tertúlia organizada pela Concelhia de bracarense do CDS. Outra é que está prevista a vacinação de nove mil pessoas por semana no concelho.

Falando na webinar ‘Conversas com Rosto’, subordinada ao tema ‘Vacinação COVID-19: estratégia e resultados’, realizada esta quarta-feira, o director executivo do Agrupamento de Centro de Saúde ACES Cávado I – Braga assegurou que no concelho “não se tem verificado muita recusa da vacina por parte dos utentes”.

“No concelho [de Braga] a taxa de recusa anda abaixo dos 2%”, avançou Domingos Sousa, referindo que “a preocupação do utente é ser vacinado”, não se detectando “preocupação com o facto de se a vacina é A ou B”.

“Aquando do registo/inquérito, os profissionais de saúde explicam que as vantagens são superiores”, salientou o responsável.

Ricardo Mexia, outro participante no encontro online, explicou que, no panorama europeu, “as diferenças não são substanciais” quanto à rejeição da vacinação, ao contrário dos Países Leste onde se regista “uma taxa elevada”.

“Em Portugal os negacionistas são em número reduzido”, apontou o médico de saúde pública e epidemiologista.

“Em milhões de vacinados é perfeitamente natural que se verifiquem efeitos secundários” esclareceu, avisando, contudo, que “a comunicação tem que ser feita de forma assertiva e clara para esclarecer e não gerar pânico”.

“A vacina boa é a que está disponível. Se está no mercado é porque é boa”, atirou Mexia.

NOVE MIL VACINADOS/SEMANA EM MAIO

Adiantando que até esta quarta-feira, ascendia a trinta e três mil vacinados apenas com a primeira dose e cerca de sete mil e oitocentos utentes já com as duas doses, o Domingos Sousa revelou em Maio nove mil pessoas passem por semana pelo Altice Forum para receber a vacina.

Apesar da a “forte limitação de toda esta estrutura [de vacinação] e o número de vacinas disponíveis”, Mexia acredita, no entanto, “não estar em causa a vacinação de 70% da população até Setembro”.

Domingos Sousa acrescentou que todo o processo de inoculação contra o SARS-CoV-2 resulta de “muita partilha e colaboração comunitária”.

“Este é um processo que tem sido muito exigente e só possível de alavancar graças ao apoio de estruturas como o município de Braga e aos recursos humanos responsáveis e dedicados de que dispomos”, frisou.

O director executivo do ACES Cávado I lembrou que “a certa altura, as juntas de freguesia foram cruciais no bom desenrolar do processo de vacinação na medida em que se mostraram incansáveis nos contactos com a população idosa para que ninguém ficasse de fora”, sublinhando que “o envolvimento da comunidade em geral é crucial para que tudo se desenrole da melhor forma”.

Também Altino Bessa, presidente da Concelhia centrista e vereador da Protecção Civil no município, vincou que o plano de vacinação “pela sua dimensão e impacto global na saúde dos portugueses, é um desafio sem precedentes que exige de todos uma enorme capacidade de organização e mobilização dos recursos e competências de forma a levar a bom porto esta demanda”.

RECURSOS HUMANOS

Bessa reforçou a ideia expressa ao longo de toda uma tertúlia – que se pretendeu que decorresse “num contexto cívico e não político” – , que que nos períodos em que o número de vacinas disponível é maior, “a capacidade instalada para vacinar não pode ser desperdiçada”.

“Todos os recursos devem ser usados para que a capacidade de vacinação instalada possa ser pensada e efectivada de forma a imunizar o maior número de pessoas possível”, apelou Altino Bessa.

Já no que se prende a recursos humanos, Domingos Sousa observou que “por cada três enfermeiros de cada equipa, um tem que estar disponível para integrar as equipas de vacinação”.

“Planeamos já novas contratações para garantir a formação de equipas. A falta de recursos humanos não pode vir a ser um problema”, disse.

O director executivo do ACES Braga reconheceu que as Unidades de Saúde Pública “têm sofrido muito com a pandemia e ainda não conseguiram recuperar”.

“Foi preciso fazer quase uma remodelação das USF para conseguir gerir os escassos recursos humanos”, afiançou.

Por sua vez, Ricardo Mexia considerou que, na área da saúde pública, houve um “conjunto de actividades que foram preteridas e comprometidas” desde o início da pandemia.

“As unidades de saúde estão desesperadas e haverá consequências no futuro. A manta é curta e não estica. Se a manta está esticada para a covid-19, as outras prioridades ficam destapadas. Esta (des)priorização terá consequências imediatas para a população no futuro”, avisou.

Para Mexia é “fundamental” que “se delineie um plano para recuperar as falhas nos serviços de saúde”, nomeadamente quanto a adiamentos de diagnósticos e de rastreios.

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