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Uma centena de empresários exigiu «fim da teia burocrática» e «celeridade na capitalização das empresas»

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«Há pouca informação e excesso de burocracia que continuam a provocar processos longos e desgastantes que não favorecem o ritmo do mundo empresarial». Foi assim que o Presidente do Conselho de Administração da Associação Empresarial do Vale do Homem (AEVH), José Manuel Lopes, lançou a Conferência “Economia – Portugal 2030”, que decorreu na noite desta quinta-feira em Vila Verde, na presença de cerca de uma centena de empresários dos Concelhos de Amares, Terras de Bouro e Vila Verde. A sessão teve como oradores o gestor da Unidade de Gestão dos Fundos Europeus e Secretário-Executivo da CIM-Cávado, Rafael Amorim, e Daniela Coelho, Técnica Superior no Centro de Apoio Empresarial do Norte do IAPMEI, assim como o eurodeputado José Manuel Fernandes.

Tendo por base a obtenção de mais informação referente a projectos e acesso a fundos do Portugal 2030 e PRR, que permitam «alavancar e/ou muscular o tecido empresarial da Região», o presidente da associação – que representa mais de meio milhar de empresas do Vale do Homem – expressou a preocupação face «ao tempo de incertezas que se atravessa (receios e medos dos empresários no pós-pandemia COVID-19 e impacto económico decorrente da Guerra na Ucrânia)». Na óptica de José Manuel Lopes, «não há dúvidas de que o Norte e a Região, particularmente este território, têm um tecido empresarial dinâmico e resiliente, mas não pode continuar entregue à sua sorte. Quem cria riqueza deve contar com um Estado atento e ágil, sobretudo nestes momentos de grande incerteza».

Sobre o tema, o líder da AEVH acentuou: «a “teia burocrática” de “regras e regrinhas” que está a atrasar, por exemplo, a execução do Plano de Recuperação e Resiliência. Os problemas adensam-se particularmente ao nível dos fundos destinados à capitalização empresarial».

E deu o mote: «hoje temos um encontro para tentar enquadrar estes e outros problemas, dar contributos para que haja agilização, e perceber que oportunidades existem e que meios estão disponíveis a curto, médio e longo prazo».

«DINHEIRO NÃO FALTA, MAS OS ATRASOS COMPROMETEM»

Assinalando que o Portugal 2020 ainda não está encerrado (ainda faltam executar 5,5 milhões de euros); que o 2030 (23 mil milhões para executar no novo quadro) «já devia estar a ser executado (mas ainda está na fase de operacionalização)»; e que o PRR (1,16 milhões de euros par executar até 2026) «está à espera de simplificação da gestão e alinhamento dos objectivos das entidades e pessoas responsáreis pelo programa em Portugal», o eurodeputado José Manuel Fernandes foi claro: «A boa notícia é que não falta dinheiro, mas o problema é que o calendário aperta e as regras não são claras, a burocracia é mais que muita e, pior ainda, os atrasos comprometem o presente e o futuro».

Na sequência da apresentação técnica por parte dos oradores da CIM-Cávado e do IAPMEI assente nos projectos em curso, outros em aberto e alguns com regras e alcance ainda por definir (Portugal 2030 e PRR), o eurodeputado vilaverdense assinalou, ainda, que «esta é uma fase de intervir na capitalização imediata e urgente das empresas, quiçá com garantias europeias, através do Banco de Fomento. Mas assistimos ao inverso de tudo isto. Então para que serve o Bando de Fomento?».

REDE VIÁRIA, PARQUES EMPRESARIAIS E APOIO À FIXAÇÃO DE EMPRESAS

Presente na cerimónia, a presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Fernandes, focou a sua intervenção na importância de melhorar a rede viária «estruturante» no concelho, «permanentemente adiada pelo Governo».

«A Variante à EN-101 é urgente há já muito tempo, mas não sai do papel», destacou a autarca.

Focou, contudo, a importância de «avançar com o nó de ligação ao parque empresarial de Oleiros», entre a Vila de Prado e aquele centro empresarial. E adiantou avanços na concretização do “Eixo Periférico Soutelo-Gême”, que poderia «aliviar a pressão na EN 101, enquanto não se concretiza a tão «propalada e adiada Variante».

Júlia Fernandes aproveitou também para «reforçar a necessidade de uma boa articulação» entre o tecido empresarial, por intermédio da AEVH, e o Município de Vila Verde.

«Antes de avançar com um investimento falem connosco, pois existem espaços para  a instalação, isenções (derrama, IMT e outras) e apoio técnico (Gabinete do Empreendedor)», referiu.

E concluiu: «É em articulação estreita e directa que podemos dar mais um passo em frente».

CONFERÊNCIAS

Esta foi a primeira do ciclo de três Conferências “Economia – Pensar o Futuro” que a Associação Empresarial do Vale do Homem-AEVH promove de Novembro de 2022 a Março de 2023, dirigido ao tecido empresarial local/regional, com o intuito de «promover informação e esclarecimentos sobre oportunidades e orientações futuras em relação ao Portugal 2030, nos domínios da Economia em geral, Economia Social e Turismo».

A próxima iniciativa vai decorrer em Amares, sobre o tema genérico “Economia Social”, estando agendada uma outra para Março, sobre “Turismo”, no Gerês, Terras de Bouro.

Em formato informal – jantar-debate – as Conferências estão abertas aos empresários e organismos públicos e privados que pretendam acolher informação relevante sobre um conjunto de orientações relativas à implementação do “Programa Portugal 2030” e outras matérias de desenvolvimento económico.

«Vivemos uma fase importante quanto ao futuro da economia nacional, assente numa lógica de crescimento harmonioso do território, pelo que os empresários devem – cada vez mais – estar atentos à realidade e oportunidades decorrentes do investimento público (Portugal 2030, PRR e outros) e às orientações gerais que daí advêm», assinala o Presidente do Conselho de Administração da AEVH, José Manuel Lopes. Este destaca que «um empresário com visão de futuro deve estar informado, atualizado e preparado para crescer de forma sustentada».

Neste contexto, vinca que estas Conferências – que reunirão alguns dos mais conceituados oradores /decisores nas áreas em apreço – são uma «importante ferramenta para informar, formar e orientar. Para além do seu interesse intrínseco, vão permitir abrir um conjunto de oportunidades que, por si, são desafiadoras quanto ao futuro».

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