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186 crianças e jovens com deficiência continuam sem apoio escolar em Braga 

Três mães de crianças ou jovens portadores de deficiência que não têm acompanhamento escolar estiveram, ontem, na reunião da Câmara de Braga a protestar contra a falta de soluções para o problema.

Em resposta, o presidente do Município, Ricardo Rio, disse que as críticas são injustas, já que a resolução da lacuna é da competência do Governo: “que fique claro. O Município está-se a substituir ao Governo”, vincou.

As progenitoras, que integram o movimento Pais em Luta, abrangendo 186 crianças ou jovens, manifestaram-se desiludidos já que – disseram – fora-lhes prometido, após uma reunião, em julho, na Câmara com a vereadora da Educação, Carla Sepúlveda e com os partidos da oposição, PS e CDU, que o assunto ficaria resolvido no início do ano letivo, o que não sucedeu.

Explicaram que, face à ausência de resposta, os pais são obrigados a ficar em casa para tomarem conta dos filhos, o que os impede de trabalhar e ganhar o sustento das respetivas famílias. O problema põe-se quer durante o período de aulas, quer nas pausas letivas.

As mães lamentaram que haja escolas e instituições que se recusam a receber alunos com deficiência, adiantando que já houve uma queixa-crime no Tribunal contra a Junta de Gualtar, por esse motivo.

Na ocasião, a vereadora disse que o acordo alcançado não pôde avançar dado não ter a concordância dos parceiros envolvidos, incluindo alguns diretores de agrupamentos, mas disse que está estudada uma solução, a avançar em outubro, e que passa pelo aumento da equipa de assistentes operacionais nas escolas. Carla Sepúlveda salientou, no entanto, que nos horários letivos, a responsabilidade é governamental, cabendo à Câmara, apenas, criar um sistema de apoio nas pausas.

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