Esta sexta-feira um sismo de 7,7 graus na escala de Richter foi sentido no noroeste de Myanmar (Birmânia). O mesmo foi sentido, ainda, na Tailândia, onde um edifício a ser construído colapsou e deixou 81 pessoas nos escombros. Até agora, estão confirmados 23 mortos. Myanmar pede ajuda internacional.
O sismo atingiu Myanmar pelas 12h50 locais, correspondendo às 06h20 de Portugal continental, com uma profundidade de 10 quilómetros, perto de Mandalay. Esta é uma das principais cidades, sendo casa para 1,2 milhões de pessoas.
Dali a 12 minutos, o mesmo aconteceu, com magnitude de 6,4 e epicentro a 18 quilómetros a sul de Sagaing.
A Junta Militar de Myanmar decretou estado de emergência em seis regiões, pedindo ajuda internacional. «Queremos que a comunidade internacional preste ajuda humanitária o mais rapidamente possível», aponta à agência AFP o porta-voz Zaw Min Tun.
A União Europeia, a França e a Índia já confirmaram ajuda. Há 20 mortos confirmados.
Na Tailândia, os efeitos foram sentidos, tendo edifícios residenciais e escritórios, em Banguecoque, de ser evacuados.
A primeira-ministra Paetongtarn Shinawatra também decretou estado de emergência nesta cidade.
Ainda na cidade, um edifício em construção de 30 andares colapsou, tendo atingido 43 trabalhadores. Segundo Phumtham Wechayachai, vice-primeiro-ministro da Tailândia, 81 pessoas ficaram presas nos escombros, estando a ser resgatadas por vários meios.
No local decorrem operações de resgate com vários meios.
Há pelo menos três mortos confirmados, totalizando as 23 vítimas mortais do desastre.
Centenas de feridos em Myanmar
O hospital da capital Naypyidaw, em Myanmar, está a 250 quilómetros do epicentro, estando a tratar centenas de vítimas.
Um dos médicos apontou, à agência AFP, que até agora contam-se 20 mortos e muitos feridos. «Nunca vi nada assim. Estamos a tentar controlar a situação», disse.
Muitos dos feridos estão a ser tratados em macas improvisadas, no exterior do hospital ou no chão, devido à lotação do hospital.
Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros disse à Lusa que Portugal está a acompanhar a situação, não havendo registo de nenhum português afetado.
Myanmar encontra-se numa zona com grande atividade tectónica pela pressão entre a placa do subcontinente indiano a sul, e a placa euro-asiática, a norte.
Este é um dos sismos mais fortes dos últimos anos.
[Em atualização]
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Com Jornal de Notícias
