A Concelhia de Famalicão do PAN apresentou queixa ao Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR e questionou a Câmara Municipal sobre as descargas ilegais ocorridas na ribeira de Ferreiros, em Ribeirão.
“Recebemos inúmeras queixas por parte da população, que se manifesta preocupada com estas descargas, testemunhando o desaparecimento dos recursos naturais e toda a vida aquática desta ribeira, relatando que os cheiros nauseabundos que se fazem sentir não passam despercebidos a quem lá passa”, afirma Sandra Pimenta, porta-voz da concelhia famalicense, esta sexta-feira em comunicado.
Para o PAN é necessário “uma análise e tratamento sério” sobre estas descargas, que comprometem a sobrevivência dos rios e a saúde da população, razão que leva o partido a defender que as requalificações ambientais de Executivo devem “ser muito mais profundas e abrangentes”.
Sandra Pimenta afirma que as intervenções devem ir “muito mais além do que meras construções de parques de lazer e limpezas de margens de rios para simplesmente desbloquear avaliações de impacto ambiental”, como o “evidenciado no projecto do novo troço da variante à EN14 e cujo comunicado por parte da Câmara Municipal de 15 de Setembro de 2020.
O partido lembra que “a intervenção nos dois afluentes do rio Ave resulta de um protocolo assinado esta terça-feira entre a autarquia famalicense e a Infra-estruturas de Portugal (IP) e vai permitir desbloquear a aprovação do estudo do impacto ambiental referente à construção do novo troço da variante à Estrada Nacional 14 que liga a rotunda de Santana, em Ribeirão, à nova travessia sobre o Ave”.
O PAN – acrescenta – “não consegue entender este atropelo constante aos rios do nosso concelho, existe todo um património natural que está a desaparecer”, sobretudo quando se atravessa “uma grave seca a nível nacional que cada vez mais deveria funcionar como um alerta para o respeito e preservação de todos os meios hídricos”.
“Temos o privilégio de viver num concelho com tamanha riqueza natural, mas que infelizmente não é valorizada e desta forma desaparecerá”, remata Sandra Pimenta.
FOTO: PAN