A Assembleia de Apuramento Geral das eleições legislativas de 30 de Janeiro vai comunicar ao Ministério Público, para investigação criminal, as supostas irregularidades detectadas numa mesa de voto em Turiz, no concelho de Vila Verde.
A queixa reporta-se a casos de suspeita de votos anulados propositadamente por alguém da Mesa das três onde foram detectados 17 votos nulos que “suscitam dúvidas”.
A presidente da mesa, Lúcia Antunes, convocada pela presidente da Assembleia de Apuramento, Marília Leal Fontes, disse que “todos os membros viram os votos nulos não se apercebendo de nada de anormal na contagem”.
A Assembleia deliberou participar criminalmente, segundo o artigo 158-1 da lei 14/79 de 16 de Maio. Ou seja, o boletim de voto tinha cruzes em dois partidos diferentes, suspeitando-se que alguém o teria feito de propósito.
Pela Presidente da Assembleia foi determinado que se participasse aos Serviços do Ministério Público competentes enviando cópia certificada da acta, juntamente com os originais da acta das operações eleitorais da mesa de voto Freguesia – Turiz – Mesa 3, assim como os originais dos votos nulos em causa, ficando cópia certificada da ata das operações eleitorais para conservação permanente.
“O Vilaverdense” contactou o presidente da Junta de Freguesia de Turiz, Vítor Ramos, o qual disse desconhecer o assunto, frisando que a sua autarquia nada a tem a ver com isso.
Os mesmos factos terão ocorrido em duas mesas de voto em Manhente, Barcelos. Outro dos casos detetados na recontagem foi a de eleitores que tentaram votar, mas que o teriam feito antecipadamente, tendo as mesas o voto em envelope. Factos ocorridos nas freguesias de Ribeirão e da União das Freguesias de Vila Nova de Famalicão e Calendário, em Famalicão, e na de São Vicente, em Braga.