O Tribunal Judicial de Braga lê, no dia 20, o acórdão do julgamento de um homem, de nome Jorge, de Vila Verde, de 57 anos, julgado pela prática do crime de violência doméstica, na pessoa da ex-mulher. É mais um caso de violência com origem numa situação ligada ao alcoolismo.
Conforme “O Vilaverdense” noticiou, os dois casaram-se em 2001 e têm dois filhos. Inicialmente viveram em Lomar, Braga, mas transferiram-se para Vila Verde, de onde são naturais.
A acusação do Ministério Público diz que, em 2010, tiveram uma discussão e ele deu-lhe um soco na cara, pondo-a de «olho negro». Acrescenta que, ao longo dos anos, o comportamento do arguido se agravou tornando-se “obsessivo” e com atos de controle da vida dela.
A certa altura, e depois de lhe ter atirado com um prato, a vítima apresentou queixa dele na GNR vilaverdense. Apesar disso, ele ameaçou-a que a iria procurar ao trabalho, supostamente para a agredir.
INSULTOS
Já em 2021, e alcoolizado, chamou-lhe p… e vaca e ameaçou que lhe dava um murro. Mais tarde, e também sob a ingestão de álcool, pôs-se aos murros e aos pontapés nas portas, obrigando-a a refugiar-se num quarto cuja porta trancou. A filha chamou a GNR, que deslocou uma patrulha com dois militares ao local, que foram recebidos com insultos. Nesse entretanto, continuou a ameaçá-la, aos gritos, dizendo que a “ia matar”.
Avisado pelos Guardas de que ia ser detido e algemado, tentou dar uma cabeçada e um murro num deles e empurrou o outro levando-a a cair ao chão.
Vai ser, agora, julgado por um crime de violência doméstica, outro de resistência e coação sobre funcionário e dois de injúria agravada.
A ex-companheira pede-lhe dois mil euros de indemnização.
No processo, consta que o Tribunal perguntou, recentemente, à vítima se ele a continuava a importunar, tendo esta respondido que não, isto apesar de ele trabalhar na garagem do prédio onde ambos habitavam.