Entre os meses de Abril e Maio, a electricidade, o gás natural, a fruta fresca, o vinho e o mobiliário foram os elementos que mais contribuíram para a aceleração da taxa de inflação, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo este Instituto, esta taxa atingiu o pico mais elevado desde 1993, apresentando um valor fixado nos 8%. Segundo a desagregação feita pelo INE, a electricidade foi o item que deu o maior contributo para a aceleração dos preços entre os dois meses referidos.
Em sentido contrário, existiram elementos que contribuíram negativamente para esta taxa de inflação, ou seja, assumiram o papel de desacelerar a subida dos preços.
Nestes elementos, o gasóleo e a gasolina foram os principais, sobretudo por causa da descida do Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), equivalente a uma queda do IVA de 23% para 13%, decretada pelo Governo no início de Maio.
A estes dois itens seguem-se os produtos hortícolas frescos, onde se exceptuam as batatas e outros tubérculos, assim como os voos internacionais e as férias organizadas fora do território nacional.
Numa perspetiva de comparação, em relação a Maio de 2021, os números do INE confirmam que as maiores contribuições positivas foram nas classes de bens alimentares e de bebidas não alcoólicas, seguidas dos transportes e da habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis.