Dono da Prozis no centro de polémica após publicação contra o aborto. “Tenho recursos ilimitados”, garante (c/vídeo)

O dono da Prozis, o vilaverdense Miguel Milhão, está no centro de uma polémica que nos últimos dias tem tomado conta das redes sociais e gerado muitas reacções, tornando-se um dos assuntos do momento em Portugal.

Tudo começou quando Miguel Milhão fez uma publicação na rede social LinkedIn, acerca da decisão do Supremo Tribunal dos Estados Unidos contra o aborto enquanto direito constitucional.

«Parece que os bebés que ainda não nasceram têm os seus direitos de volta nos EUA. A natureza está a recuperar», escreveu. As reacções não se fizeram esperar e geraram-se centenas de comentários, muitos deles críticos, havendo desde logo quem tenha manifestado vontade de boicotar a empresa fundada por Miguel Milhão.

Já esta terça-feira, num podcast interno da Prozis, que desta vez foi tornado público, o empresário refere que a indignação criada após a sua posição relativamente ao aborto é «uma hipocrisia» e refere-se aos críticos como «pulhecos de merda». Vai ainda mais longe: «Não gosto destes filhos da p***, desta canzoada toda».

No mesmo podcast, Milhão mostra-se surpreendido por ter recebido recções «tão agressivas», mas diz não estar preocupado, garantindo que é «incancelável», que tem «recursos ilimitados» e que, enquanto isso, vai de férias para a Grécia «o tempo que quiser».

«Não preciso de Portugal e não preciso da Prozis. Tenho recursos ilimitados. Não me faz espécie», assegurou, deixando a mesma garantia em relação à empresa que fundou: «A Prozis não precisa de Portugal, é uma empresa internacional. A Prozis será talvez a marca portuguesa mais conhecida fora de Portugal», frisou.

De resto, o empresário sublinhou a ideia de que a sua opinião sobre o aborto não vincula a empresa, sendo apenas uma visão pessoal. «A Prozis não tem ideias. É uma empresa privada que vende produtos e serviços, orientada para o lucro», referiu.

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