O empresário Mário Ferreira foi constituído arguido na ‘Operação Ferry’, que investiga eventuais crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento no negócio da compra e venda do navio Atlântida, disse à agência Lusa fonte judicial.
Em comunicado divulgado na sua página da internet, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) refere que, na sequência da ‘Operação Ferrry’, foi constituído um arguido, sem mencionar nomes, mas fonte judicial indicou tratar-se do empresário Mário Ferreira.
A constituição de arguido surge um dia após Mário Ferreira, que detém o grupo Mystic Invest, dono da Douro Azul, ter pedido ao Ministério Público (MP) para que fosse constituído arguido e que marcasse interrogatório para poder ser ouvido.
“No âmbito da investigação de um processo-crime instaurado por suspeitas da prática de atos passíveis de configurar ilícitos criminais de fraude qualificada e branqueamento a Autoridade Tributária e Aduaneira, através da Direção de Serviços de Investigação da Fraude e de Ações Especiais, com o apoio operacional da Unidade de Ação Fiscal da GNR, e Comando territorial da GNR da Madeira – Secção de Investigação Criminal, levou a cabo [na quarta-feira] a ‘Operação Ferry’”, refere a AT.
No âmbito dessa operação, que decorreu no distrito do Porto, na Região Autónoma da Madeira e em Malta foram cumpridos oito mandados de busca, não domiciliárias, levadas a cabo por 12 inspectores tributários e aduaneiros, sete especialistas de informática e 12 militares da Unidade de Acção Fiscal da GNR e quatro militares do Comando Territorial da GNR da Madeira.
As investigações deste processo-crime são da responsabilidade e direção do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), “cuja intervenção direta na operação se traduziu na presença de quatro magistrados do Ministério Público e dois magistrados judicial nos locais de busca”.