A Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (ANCEVE) solicitou ao Governo medidas concretas face ao aumento dos preços das matérias primas e dos custos em geral.
Esta fileira refere que o «aumento continuado dos preços das matérias primas, dos materiais de engarrafamento, dos transportes e dos custos em geral» está a levar o grosso tecido empresarial – com pequenos e médios produtores -, a uma situação «à beira da falência».
Num momento em que se inicia uma nova vindima, a ANCEVE «vê com tristeza que o Ministério da Agricultura se trate de uma estrutura fragilizada», apontando que a mesma está «excessivamente burocratizada, despojada de estratégia e sem rumo».
A associação realça que é «urgente e imperioso» que o Governo aceite agilizar um plano extraordinário de apoio à fileira do vinho, um sector que «leva longe o nome de Portugal, mas que está a ficar estrangulado pelo aumento brutal dos custos».
Como principais medidas, a ANCEVE exige um apoio à tesouraria, sem juros, para que Adegas Cooperativas e compradores de uva possam pagar aos vitivinicultores as uvas logo após a vindima e que o Estado cobre menos impostos na matéria dos combustíveis.
Para além disso, apontam também ao Governo a necessidade de um apoio no investimento em barricas e tonéis de madeira para estágio de vinho, ao mesmo tempo que apelam à promoção, no sentido de «criar uma linha específica para pequenas e médias empresas», de forma a realizarem «acções de promoção a partir de Janeiro de 2023».