VILA VERDE

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Quercus contesta corte de “dezenas de árvores” junto à EN 101 em Vila Verde

A associação ambiental Quercus contestou, esta quinta-feira, o corte de «dezenas de árvores de frondosas» junto da Estrada Nacional 101, no concelho de Vila Verde, «o qual está a ser promovido pela empresa Infraestruturas de Portugal (IP)».

«A IP está a cortar dezenas de carvalhos-alvarinhos (Quercus robur) e ciprestes-do-Buçaco (Cupressus lusitanica), junto da N101, no troço entre Vila Verde e o limite do concelho com Ponte da Barca», refere.

Segundo a associação, «actualmente a intervenção encontra-se na zona da Portela de Vade, existindo centenas de árvores de grande porte em bom estado vegetativo, algumas estão a ser cortadas, sem que fosse manifestamente necessário».

A Quercus espera também que o Município de Vila Verde intervenha para esclarecimento público sobre o motivo de abate das árvores junto da EN 101.

«A maioria das árvores foram plantadas pela antiga Junta Autónoma das Estradas em meados do século passado, por motivos paisagísticos, de ensombramento do pavimento e de amenização do clima, entre outras. A N101 é uma das estradas nacionais do Minho com melhor enquadramento paisagístico devido a estas árvores e à floresta envolvente, o que poderia justificar a sua classificação como Estrada Património», sublinha.

No comunicado, a Quercus acrescenta que «a IP tem efectuado cortes de árvores indiscriminados em várias estradas nacionais no país, incluindo sobreiros e outras árvores autóctones, alegadamente devido ao desajustamento dos critérios técnicos para as faixas de gestão de combustível, no âmbito da regulamentação da prevenção de incêndios que deverá ser alterada pelo ICNF- Instituto de Conservação da Natureza e Florestas».

«A IP deverá promover as boas práticas de gestão do arvoredo, marcando as árvores a intervencionar e disponibilizando publicamente os relatórios de avaliação fitossanitária ou de risco, antes de avançar para o corte das árvores, contudo, apesar dos alertas, continua sem acontecer, o que revela má gestão», frisa.

A terminar o texto, a Quercus diz esperar que «a IP promova a conservação do Património Natural público, sob a sua gestão, no âmbito da responsabilidade social e ambiental».

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