Até ao final de Julho, o comércio no concelho de Braga registou um crescimento na ordem dos 28% face ao mesmo período do ano passado, sendo que este aumento foi mais intenso no comércio não-alimentar.
Rui Marques, director-geral da Associação Empresarial de Braga (AEB), lembrou que que até à chegada da pandemia, o comércio em Braga, crescia em média 10% ao ano.
«Agora cresce ao triplo da velocidade», realçou o director, evidenciando que o comércio na cidade bracarense continua a demonstrar «grande dinamismo e vitalidade».
Apesar disso, Rui Marques referiu que o comércio alimentar e o não-alimentar crescem a ritmos diferentes.
«No comércio alimentar o crescimento registado desde o início do ano é mais lento, tem crescido na ordem dos 10%. Já o comércio não-alimentar está a crescer a 50% com algumas áreas, como a moda, que tem vindo a registar crescimento na ordem dos 65%».
Na leitura de Rui Marques, estas estatísticas justificam-se porque o comércio alimentar não foi prejudicado pela pandemia, tendo mesmo registado crescimento.
Nesta altura percebe-se até que algum do consumo do comércio alimentar está a ser transferido para a restauração. «Ainda assim, o desempenho do comércio alimentar é extraordinário, ao qual não será também alheio o facto de novas insígnias estarem a apostar em Braga para se instalarem, atraindo clientes até de outros concelhos», destacou.
Relativamente aos restantes concelhos da área de abrangência da AEB, a recuperação económica também está a acontecer, embora a um ritmo ligeiramente inferior ao registado no concelho de Braga.
Rui Marques explicou que é natural que assim seja, uma vez que foram concelhos onde o impacto negativo dos efeitos económicos da pandemia não foi tão intenso como na sede de distrito.
O director-geral da AEB apontou que o crescimento económico registado nos restantes concelhos, desde o início do ano face ao mesmo período de 2021, andará nos 20% no comércio e serviços.
No que se refere ao turismo, Rui Marques lembrou que esses concelhos, na pandemia, foram os mais procurados devido à oferta de turismo rural, daí a recuperação não ter níveis tão impactantes.