A 30ª edição da Festa das Colheitas de Vila Verde já abriu portas, tendo sido dado esta manhã o pontapé de saída para cinco dias de animação, música, gastronomia e valorização do mundo rural. Com mais de 150 expositores, o programa – para todos os gostos e idades – promete animar o Largo da Feira até ao próximo domingo, dia 9. Na sessão de abertura do evento, a presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Fernandes, destacou o «trabalho realizado pelas mãos» de todos aqueles que «na terra, no artesanato, na gastronomia, nas decorações e na música» mostram e guardam a tradição e engrandecem mais uma edição da Festa das Colheitas.
Após a actuação da banda “Tukanos” e a benção, a cargo do Padre Sandro Vasconcelos, seguiu-se o momento dos discursos, na presença de muito público e vários representantes de entidades concelhias e regionais.
«MUNDO RURAL TEM UM GRANDE POTENCIAL»
O primeiro a usar da palavra foi o presidente da ATAHCA, José da Mota Alves, que enalteceu a «qualidade» dos produtos e terrenos agrícolas que «valorizam economicamente o Concelho de Vila Verde».
Sobre o evento, que classificou como a «melhor montra e mostra das potencialidades do mundo rural e do Concelho», notou que esta «serve de valorização da economia para que não se percam os sabores de outros tempos, dando a conhecer os produtos e olhando às potencialidades das terras. O mundo rural tem um grande potencial e o nosso, no sector primário, também o tem».
FALTA DE CUIDADORES DO TERRITÓRIO
Ao longo do discurso, o diretor adjunto da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, Luis Brandão Coelho, alertou que a «falta de cuidadores do território tem mostrado gerar potencial de risco», tais como «perda de vidas e prejuízos de milhões de euros».
Segundo apontou – projectando o futuro e referindo-se à agricultura – existe a «necessidade de reinventar a capacidade do mundo rural e o seu valor produtivo, adaptando os modos de produção das condições actuais. São grandes os desafios mas há gente com coragem e vitalidade, como se vê hoje aqui em vila verde».
A aposta, como defendeu, deverá ser a «produção em modo biológico, um dos destaques do próximo Quadro Comunitário de Apoio», disse.
«REGIÃO QUE TEM MUITO PARA OFERECER»
Já Luís Pedro Martins, presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal, deixou o desafio: «Continuem a investir no turismo , pois conseguimos fixar os jovens e levar os empresários a querer investir no interior».
«Temos uma região que tem muito para oferecer, como é o caso de Vila Verde. Vale a pena a aposta no vinho verde, no património, no turismo religioso e temos de continuar a trabalhar alinhados com os municípios e com as CIM», concluiu.
«PROMOVE O QUE VILA VERDE TEM DE MELHOR»
A última a subir ao púlpito foi a presidente de Câmara, Júlia Fernandes, que afirmou, acerca do evento, que este «promove o que Vila Verde tem de melhor», como «os produtos da terra, os animais, os concursos, os espetáculos com concertinas, de cavaquinhos, do Jorge Loureiro ou Quim Barreiros».
«É um ponto de encontro entre todos. Não só cá estão vilaverdenses mas vários visitantes, recebidos de braços abertos, de outros locais. Toda esta economia gerada pelo comércio local e serviços consegue ter dinâmica», referiu, vincando, «Vila Verde veste-se hoje de festa, de verde, para que seja uma excelente festa das colheitas».
Na conclusão, Júlia Fernandes denotou ainda que «Vila Verde veste-se de festa, de verde, para proporcionar espectáculos e actividades para todos os que vieram até cá por estes dias».