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Adiado julgamento de dupla que sequestrou e roubou homem que lhes foi comprar droga

Depois de dois adiamentos motivados pela pandemia de Covid-19, o Tribunal de Braga foi agora forçado a adiar, de novo, o julgamento de dois homens, de Braga, por roubo, sequestro e posse ilegal de arma.

O adiamento ficou a dever-se à greve dos guardas prisionais, a qual envolve nomeadamente a realização de diligências, neste caso o transporte dos dois arguidos, ambos em prisão preventiva, ainda que por causa de outros processos.

Conforme “O Vilaverdense” então noticiou, a acusação diz que a vítima foi comprar droga para fumar um “charro” a um apartamento do Bairro Social de Santa Tecla e acabou roubado e sequestrado pelos dois arguidos.

O caso ocorreu em Janeiro de 2020.

O consumidor pediu a um amigo que lhe indicasse um sítio para adquirir haxixe. Foi ao rés-do-chão do Bloco 3 do bairro e entrou. Feita a transação, ao prontificar-se para pagar, exibiu um maço de notas, 700 euros ao todo.

Aí, diz a acusação do Ministério Público, um dos arguidos pegou numa caçadeira com dois canos e apontou-lha, dizendo “estou a ficar tolo!”. Ao que o ameaçado respondeu: “Tira isso, irmão!”, pedido que não surtiu efeito, já que os dois lhe exigiram a entrega do dinheiro, ao que acedeu por temer pela vida.

SEQUESTRADO

De seguida, tiraram-lhe a carteira e um cartão multibanco, obrigando-o a revelar o “pin” de acesso. O outro arguido foi, então, a uma caixa bancária, numa gasolineira da zona,  levantou 100 euros e ainda tentou retirar mais 20, mas a conta não teve saldo. Entrou, depois, na loja de conveniência e fez compras de 7,35 euros.

A vítima ficou sequestrada no apartamento, sob ameaça de um martelo e de uma faca. A dupla ainda tentou sacar-lhe um outro cartão multibanco, mas este também não tinha saldo. Mais de 24 horas depois, pelas 04h00 da madrugada do dia seguinte, conseguiu fugir, por ter concluído que os dois estavam distraídos noutra sala.

Seguiu-se uma rusga da PSP que, além da caçadeira, apreendeu uma pistola modificada. Daí que um deles esteja, também, acusado de posse ilegal de armas.

Os dois arguidos ficaram presos preventivamente, um em Braga e outro em Leiria. A investigação foi da Polícia Judiciária de Braga.

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