Dia 18, sexta-feira. A Administração Pública estará em greve e um dos sectores mais afetados deverá ser o da Saúde, já que um dos sindicatos dos médicos, outro dos enfermeiros e dos técnicos de diagnóstico se juntaram a esta paralisação.
O único sindicato independente que não se associou representa os técnicos de auxiliares da saúde, mas o presidente Paulo Carvalho entende que deverá haver profissionais a aderir, porque «a insatisfação da classe é grande».
Ao todo, e só no Serviço Nacional de Saúde (SNS), são mais de 145 mil os trabalhadores abrangidos pelos vários pré-avisos de greve emitidos, em primeiro lugar, pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, estrutura que integra a CGTP-IN, e depois pelos sindicatos das classes.
Quem está no terreno prevê «uma adesão elevada» e «muitas consultas, exames de diagnóstico e cirurgias a serem adiadas». O presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, Luís Dupont, afirmou que «basta os nossos técnicos fazerem greve para que toda a atividade programada fique comprometida nos hospitais, desde consultas a cirurgias», o mesmo acontecerá se administrativos, médicos, enfermeiros e técnicos auxiliares fizerem o mesmo.
De recordar que só a classe de enfermagem integra quase 40 mil profissionais no SNS, de acordo com os últimos dados oficiais, a dos médicos cerca de 30 mil, a dos técnicos de diagnóstico mais de oito mil e a dos auxiliares de saúde cerca de 31 mil, segundo dados do seu sindicato. Mas as situações de urgência e de emergência estão salvaguardadas pelos serviços mínimos.