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Eixo Atlântico aplaude compromisso português na ligação ferroviária a Vigo

O secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoán Vázquez Mao, “avalia positivamente” o compromisso do Governo português e do seu Primeiro-Ministro, António Costa, com a ligação ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e a “fronteira” com a Galiza.

“Esta visão estratégica foi reforçada pelo presidente da Infraestruturas de Portugal, Miguel Cruz, num fórum realizado em Lisboa. Este é um projecto que o Eixo Atlântico propõe e defende há 20 anos, ainda antes dos diferentes Governos espanhóis paralisarem os dois troços pendentes: Ferrol – Coruña e Vigo-Frontera Portuguesa”, adiantou o secretário-geral da organização.

Xoán Mao salienta que a ligação Lisboa – Vigo (que o Eixo Atlântico denomina Lisboa-Ferrol, pois une a nova linha de alta velocidade Lisboa-Frontera com a inacabada linha denominada oficialmente Ferrol-Frontera Portuguesa) “permitirá ligar a fachada marítima atlântica da Península Ibérica, as suas cidades, portos, centros empresariais tecnológicos, universidades e aeroportos num sistema integrado que reforça a sua competitividade com a maritimidade como eixo central”.

O responsável da associação, que junta municípios do Norte de Portugal e da Galiza, sublinha, ainda, que “a recente licitação do estudo prévio da saída sul de Vigo, troço que ligará Vigo com a “frontera” portuguesa e que o Eixo Atlântico há mais de 10 anos reclama que se retome, reforça a condição de que esta linha será uma realidade em 2030. Sobretudo, pelo empenho e o compromisso do Governo de Portugal”.

Xoán Mao diz que o Eixo Atlântico não comenta a posição do Governo português sobre a ligação Lisboa-Madrid já que esta foi uma linha “imposta” pelo Governo de Aznar e o ministro Álvarez-Cascos na Cimeira da Figueira da Foz, no ano de 2003, sem acordar previamente com o Governo português, “que se viu obrigado a uma proposta do Governo de Espanha”.

Ainda assim, “apoia solidariamente a melhoria das ligações com a Extremadura, região que em termos de competitividade ferroviária é uma das mais mal tratadas de Espanha”.

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