VILA VERDE

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Moradores estão há cinco meses sem instalação de electricidade em prédios novos

Os moradores dos prédios 22 e 33 da Rua Bom Jesus, nas traseiras do quartel dos Bombeiros Voluntários, em Vila Verde, estão há cinco meses sem instalação de electricidade, continuando a utilizar o contador instalado aquando das obras.

Segundo uma denúncia enviada à comunicação social, são 37 os moradores que se encontram sem energia eléctrica fixa, o que os obriga a deslocarem-se a uma caixa de electricidade, situada no exterior dos prédios, para que possam ter luz em casa.

Os moradores apontam responsabilidades à empresa que construiu os prédios, sublinhando que não foi construído qualquer ponto de transformação e que esse procedimento apenas foi solicitado à E-Redes quando alguns dos apartamentos já estavam habitados.

«A solução que o construtor nos deu foi utilizar o contador utilizado aquando da obra, contudo este não detém a capacidade necessária e suficiente para que tantas famílias habitem, tornando impossível as tarefas mais básicas diárias, como cozinhar, ligar aquecimentos, ter luzes acesas, fazer teletrabalho, ou tomar banho com esquentador, bem como todas as outras tarefas diárias que carecem de energia eléctrica», referem.

O documento acrescenta que «existem falhas constantes de energia, que por vezes se prolongam por mais de 24 horas, descongelando arcas e frigoríficos, tornando impossível manter alimentos nestes equipamentos, e mesmo o elevador está interdito, não sendo possível a sua utilização, por existir o risco de a energia falhar e alguém ficar preso dentro do mesmo – o que já aconteceu».

«O facto de estar sempre a luz a ir abaixo, pela falta de capacidade de suporte no quadro eléctrico, obrigou-nos a arranjar uma solução que passa por sairmos constantemente dos nossos lares (deixando as crianças sozinhas em casa às escuras) para nos deslocarmos ao exterior do prédio, para repor a electricidade, onde se encontra um quadro de obras de alta voltagem, que se encontra descoberto e de fácil acesso», sublinha.

No entanto, segundo os moradores, «este quadro carece de manutenção apenas por profissionais qualificados e com experiência e formação na área», embora tal não esteja a acontecer. «É-nos incitado pela construtora para que façamos nós a reposição da energia quando tal acontece, bem como para sermos nós a trocar os fusíveis quando os mesmos avariam», lamentam.

Os moradores consideram que «a segurança dos habitantes também se coloca em causa, pelo motivo de que existem cabos trifásicos por todo o prédio e zona envolvente, na medida em que as ligações de energia eléctrica não foram acauteladas, e esta parte da obra foi praticamente deixada ao abandono e sorte dos moradores do prédio».

«Como é possível que a Câmara Municipal de Vila Verde emita licenças de habitação quando ainda faltam vistorias da electricidade? E como é possível a construtora escriturar casas no valor compreendido entre 175 mil e 230 mil euros sem assumir responsabilidades por esta questão deplorável?», questionam.

Em declarações à CNN Portugal, depois de questionada, a construtora refere que o atraso se deve ao facto de a E-Redes não ter matéria-prima para iniciar a obra. Por sua vez, a E-Redes justifica a demora com a complexidade da obra, que implica um novo posto de transformação e os respectivos licenciamentos.

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