Veio de Lisboa a Braga, num carro roubado, para assaltar o cofre de uma loja do Pingo Doce, onde trabalhava a companheira de um amigo. Teve de fugir sem levar nada. Mas foi descoberto pela PJ, acabando condenado a seis anos de prisão. A funcionária, cúmplice, ficou-se pelos três e seis meses, suspensos na sua execução.
Paulo Nunes, de 32 anos, de Loures, viajou, em 2017, com mais quatro homens, três deles de identidade desconhecida, até Braga, para tentar levar o dinheiro das caixas do supermercado Pingo Doce, na rua Infantaria 8, em São Vicente.
O carro, um BMW preto, havia sido roubado pelo método de “carjacking” em Sintra.
O grupo englobava um homem de nome Hugo, que vivia com Ana Carina, de 34 anos, de Braga, que era “caixa” no “super”.
Chegados à cidade, pararam o carro nas cercanias e um deles ficou ao volante. Eram 20h30, hora a que uma “supervisora” entrava numa sala fechada onde estava o cofre para depositar o dinheiro apurado por Ana Carina.
Paulo Nunes, acompanhado por mais dois homens, entrou no escritório e começou por dar um murro na boca de uma funcionária, pedindo-lhe o código de acesso à zona do cofre e gritando-lhe para ficar calada.
Atingiu-a, ainda, com um objecto na cabeça – supõe-se que era uma pistola – e continuaram a bater-lhe.
Ana Carina, que presenciava a cena como se nada fosse, resolveu, então, chamar, pelo sistema interno de som, a “supervisora” para que esta viesse ao local.
Neste entretanto, um “segurança” da loja, apercebendo-se de que havia confusão no escritório, foi até lá, mas foi agredido, caindo ao chão.
Apesar disso, desatou aos gritos, o que levou o trio de assaltantes a “zarpar” do local, fugindo na viatura que os esperava.
Paulo Nunes, que tem antecedentes criminais, ficou na cadeia onde já estava em prisão preventiva. Os dois vão ter de pagar três mil euros à funcionária que foi espancada.