Uma delegação do PCP reuniu com a administração do Centro Hospitalar do Médio Ave com o objectivo de abordar a situação naquele Centro, cujo encerramento da maternidade chegou a ser anunciada.
Constituída por Belmiro Magalhães, membro do Comité Central e responsável da Organização Regional de Braga (DORB), Daniela Ferreira, membro do Comité Central e da DORB, e Sílvio Sousa e Fernando Costa, da DORB e da Concelhia de Famalicão, recordou a “ampla mobilização” de protesto que o encerramento da maternidade suscitou, “elemento que condicionou a acção do Governo”.
Referindo, em nota à imprensa, que “a hipótese de encerramento ainda não foi ainda definitivamente posta de lado”, o PCP defende que “a persistência de dúvidas sobre as intenções a médio prazo deve ser afastada sem mais demoras até porque por todo o país a política do Governo tem sido a de encerrar progressivamente serviços e unidades de saúde”.
“A afirmação da Comissão Executiva do SNS de que daqui a um ano será feita nova avaliação é um factor de instabilidade que não tem razão para existir e que depende apenas do Governo a seu completo afastamento”, afirmam os comunistas.
A discussão pública que a possibilidade de encerramento suscitou “tornou ainda mais evidente a importância desta maternidade e do Serviço Nacional de Saúde”.
“Ficou iniludível que se trata de um serviço muito relevante, quer pela sua natureza e âmbito geográfico, quer pela sua capacidade de resposta e potencial”, lê-se na nota.
O PCP recorda que promoveu uma Tribuna Pública em Outubro passado com a presença de João Dias, deputado na AR, e de Bernardino Soares, do Comité Central, e que CGTP-IN, MDM e MUSP realizaram em Novembro uma concentração com a presença de Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP-IN.
“Estas e outras acções contribuíram para uma ampla mobilização que foi determinante para condicionar as opções do Governo e para manter a Maternidade aberta”, refere o partido.
“FORTE INVESTIMENTO”
Além de confirmar “o forte investimento que o serviço de Maternidade foi objecto nos últimos anos e a actual tendência de crescimento no número de partos realizados”, o partido destaca, apesar do “quadro geral de grande pressão para as unidades do SNS”, o PCP, “os progressos feitos em várias dimensões do funcionamento do Centro Hospitalar, incluindo melhorias ao nível das instalações, como a climatização de todos os serviços, o reforço em especialidades como a Cirurgia Geral, Saúde Mental ou Urologia, e o sentido de redução de tempos de espera para consultas e cirurgias”.
A finalizar, o PCP realça o empenhamento dos profissionais do Centro Hospitalar “em fazer funcionar a instituição, apesar a situação das suas carreiras, vínculos e da falta de meios que se verifica em várias áreas”.