A Protecção Civil Municipal de Braga vai testar este ano, nas zonas do Bom Jesus e do Sameiro, um projecto-piloto de detecção ultrarrápida de incêndios rurais. Segundo o vereador da Proteção Civil, Altino Bessa, em causa estão oito sensores detectores de fumo, que darão o alerta e permitirão atacar os incêndios “logo nos primeiros minutos”.
O sistema, explicou o vereador, emite um alerta mediante a detecção de fumo, através de uma rede de sensores estrategicamente colocados, complementando assim a acção dos operacionais em todo o processo.
“Vamos ver se funciona”, disse Altino Bessa, admitindo que, no futuro, a tecnologia poderá ser alargada a outras áreas florestais. Esta foi uma novidade deixada na conferência de imprensa de apresentação do Dispositivo Municipal de Vigilância e 1.ª Intervenção, em que foi vincada a aposta do município na Protecção Civil, com um investimento anual de cerca de um milhão de euros.
Este ano, o dispositivo conta, para as acções de vigilância, com um efectivo de 34 operacionais e 14 viaturas. Já na primeira intervenção, o número de operacionais sobe para 187, tendo à disposição 15 viaturas.
Uma viatura “Unimog” é outra das novidades do dispositivo deste ano. Este dispositivo conta com mais 15 elementos e três viaturas das Unidades Locais de Proteção Civil com equipas operacionais, que atuam em reforço mediante disponibilidade.
APOSTA NA PREVENÇÃO
O coordenador municipal da Proteção Civil, Vítor Azevedo, sublinhou a aposta feita na prevenção, desde logo com a execução de cerca de 70 quilómetros de faixas de gestão de combustível.
Em termos de limpeza de terrenos, foram identificadas “largas dezenas” de proprietários em incumprimento, que resultaram em entre 70 a 80 processos de notificação. Vítor Azevedo deu ainda conta do projeto “Cuidar Braga”, avaliado em cerca de 200 mil euros, que deixa a cargo da Proteção Civil a trituração de sobrantes de combustível florestal, sem recurso à queima.
Ainda no campo da prevenção, foi celebrado um contrato de 65 mil euros para a manutenção de mais de 10 quilómetros de caminhos florestais. O presidente da Câmara, Ricardo Rio, assegurou que Braga “leva muito a sério a Protecção Civil”, sublinhando que tem sido investido cerca de um milhão de euros por ano no sector.
Segundo Rio, a aposta tem sido “levar ao limite das possibilidades” o investimento na Protecção Civil, em nome da segurança de pessoas e bens.
“Em Braga, levamos muito a sério a área da Proteção Civil e temos trabalhado para qualificar internamente esta estrutura, dotando-a de recursos humanos, de equipamentos e de infraestruturas, ao mesmo tempo que temos reforçado a rede de parcerias com diversas entidades numa lógica de colaboração supramunicipal, que nos permite ter, no terreno, uma resposta cada vez mais cabal a todos os desafios”, referiu o autarca.