A Junta de Freguesia do Vade, liderada por Carlos Cação, emitiu esta sexta-feira um comunicado em que acusa o vereador do PS José Morais de «lançar informação desenquadrada da realidade». Em causa está o facto de o representante socialista ter publicado, no seu “Facebook”, a listagem das transferências feitas pela Câmara de Vila Verde para as Juntas de Freguesia em 2017, «dando seguimento a uma política de transparência da actividade autárquica».
Nessa tabela, constata-se que a União das Freguesias do Vade é a Junta que mais dinheiro recebeu do Município no ano passado: 89.804,43€.
O executivo de Carlos Cação não gostou da publicação e, num esclarecimento enviado às redacções, explica que as transferências do Município para esta União de Freguesias agrupam os seguintes valores:
Refeições 1º ciclo 15.831,07€
Prolongamento JI 15.536,62€
Refeições JI 10.428,74€
Acordos de execução 39.850,00€
Transportes Escolares 7.458,00€
Manutenção e limpeza Escolar 700,00€
«A União de Freguesias garante serviços e compromissos que de outra forma teriam de ser assumidos directamente pelo Município, designadamente ao nível do transporte escolar e apoio às refeições escolares», esclarece.
Por essa razão, a Junta lamenta «que a propaganda política da referida publicação, que defende a total transparência e o dever de informar a população, não cumpra com o seu suposto desígnio e opte pelo lançamento de tabelas com valores pouco ou nada informativos e com objectivos dúbios».
Sublinha «que não é sério nem serve os interesses do concelho nem das populações lançar informação desenquadrada da realidade».
«Esta Junta de Freguesia não se revê na estratégia dos líderes partidários que se foca na desinformação alimentando discussões pouco ou nada proveitosas para o nosso concelho, ao invés da satisfação das necessidades e anseios das populações, como infelizmente damos conta ao tomarmos conhecimento de que os vereadores do PS de Vila Verde não votaram favoravelmente a cedência das instalações desocupadas da antiga escola primária de Covas para serviço do Centro Paroquial e Social de Covas», critica.