Os peregrinos das JMJ-Lisboa 2023 vão ter passes especiais e vão estar disponíveis 4 mil autocarros em Lisboa naquele período, de 02 a 06 de Agosto. E algumas estações de metro vão estar fechadas. É este o Plano de Mobilidade apresentado pelo Governo e câmara de Lisboa, que inclui indicações para serviços como transportes, estacionamento, circulação ou comunicação.
Faltam 18 dias para o início da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que espera receber entre “um milhão” e “um milhão e meio” de peregrinos. Tal como era esperado, o Governo e a Câmara Municipal de Lisboa avançaram esta sexta-feira com a apresentação do Plano de Mobilidade e de Segurança.
Uma das primeiras novidades foi lançada por Sá Fernandes, coordenador do grupo de projeto da JMJ: um passe especial para os peregrinos para a Área Metropolitana de Lisboa.
Estes passes “específicos” vão estar incluídos nos “kits”, sendo exclusivos para os peregrinos inscritos. Depois, cada passe poderá ser carregado nas modalidades para 16, nove ou três dias de utilização com valores ainda por divulgar.
Na apresentação, que arrancou com um breve discurso da ministra Ana Catarina Mendes, está também Isabel Pimenta, engenheira da VTM, empresa contratada pelo Governo para desenhar o plano de mobilidade. E que adiantou já que o Metro de Lisboa vai ter algumas estações fechadas durante os dias 1, 3 e 4 de agosto (e vias de trânsito automóvel cortadas). São elas as estações Avenida, Marquês de Pombal, Parque e Restauradores, todas na linha azul, zona central da cidade e próximas do Parque Eduardo VII, que vai receber os eventos mais relevantes da JMJ nesses dias.
A mesma responsável deu também conta que a CP vai fechar estações nos dias seguintes, 5 e 6 de agosto, o fim de semana em que o Papa e os milhares de peregrinos vão concentrar-se no Parque Tejo-Trancão para celebrar a vígilia e a missa final. Nesse caso, as estações de Moscavide, Sacavém, Bobadela e Santa Iria estarão encerradas. Tanto a CP como o Metro de Lisboa ainda darão conta das horas exatas em que os fechos vão ocorrer e quanto tempo vão durar.
Quanto aos transportes públicos, em particular os autocarros, a organização da JMJ conta com cerca de 4,5 mil autocarros a entrar em Lisboa ao longo dos dias, sendo que tem uma capacidade para receber até 7 mil viaturas. Os organizadores admitem que a dimensão do evento vai provocar constrangimentos nas cidades e na vida das populações, em particular de Lisboa, a começar pela imprevisibilidade do número de peregrinos.
Para acomodar todos esses autocarros, vai ser criada uma plataforma de registo, de forma a atribuir um lugar a cada viatura registada, num dos vários parques que vão ser criados para o evento.
Para já, conta-se com um milhão de peregrinos no período mais concorrido, o fim de semana com o Papa. Aliás, a previsão é que o número de visitantes vá aumentando ao longo da semana – primeiro os jovens peregrinos (300 mil no primeiro evento, ainda sem o Papa Francisco, depois 750 mil no Parque Eduardo VII, já com o sumo pontíficie, até à previsão de 1 milhão no Parque Tejo).
SEGURANÇA
Na mesma conferência de imprensa, o Governo anunciou, sexta-feira, que 16 mil elementos das forças de segurança, da proteção civil e da emergência médica serão destacados para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI), revelou que haverá zonas de exclusão aérea e fronteiras condicionadas.O Plano de Segurança da JMJ agora conhecido prevê, durante a semana de 1 a 6 de agosto, a criação de quatro zonas de exclusão aérea em Lisboa e ainda em Fátima, cujo santuário será visitado por Sua Santidade. O documento antecipa, igualmente, o constrangimento de 23 aeródromos.
Ainda no que diz respeito ao espaço aéreo, será instalado um sistema de deteção de drones não autorizados.
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