A adesão à greve dos médicos esta terça-feira está rondar os 95%, com blocos operatórios encerrados de Norte e Sul do país, e, nalguns casos, chega aos 100%, como no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, segundo a Federação Nacional dos Médicos (FNAM).
A presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que convocou a paralisação, disse que, globalmente, a adesão é de cerca de 95% e, além de Coimbra, deu ainda o IPO do Porto e o Santo António como exemplos de adesões que chegaram aos 100%, apenas com serviços mínimos a funcionar.
Em declarações à agência Lusa, refere que há «blocos operatórios encerrados de norte a sul do país», lembrando que, mesmo noutros hospitais, como, por exemplo, Braga, Viana do Castelo e Santa Marta (Lisboa), a situação é idêntica.
Quanto aos centros de saúde, a responsável sindical disse que a adesão era igualmente «fortíssima» – na ordem dos 95% – com diversas Unidades de Saúde Familiares (USF), de Norte a Sul do país, com 100% de adesão.
A FNAM vai entregar hoje os princípios da sua contraproposta durante uma concentração junto ao Ministério da Saúde, quer um mediador externo.
A FNAM rejeita a manutenção das 40 horas de trabalho semanais e o acréscimo do limite de horas extraordinárias das atuais 150 para 300 por ano, o aumento «irrisório do salário base entre 0,4% e 1,6%», a manutenção das 18 horas de urgência e as regras previstas para o novo regime de dedicação plena.
Na sua contraproposta, a federação reivindica aumentos que compensem a perda de poder de compra dos médicos na última década, um horário semanal de 35 horas, a reposição das 12 horas em serviço de urgência e do regime majorado da dedicação exclusiva e a integração dos internos no primeiro grau da carreira.
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