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Feiras Novas: Polémica decoração dos arcos festivos com Super-Bock «é um não assunto»

«É um não assunto». É desta forma que o presidente da Associação Concelhia das Feiras Novas, de Ponte de Lima, classifica a polémica da decoração dos arcos festivos com a marca de cerveja Super-Bock na ponte medieval. E revela que o patrocínio será de 90 mil euros (+ iva), «menos 50 mil euros (+ iva)», por ter sido «a única manifestação efetiva de interesse com a qual a Direção da Associação Concelhia foi confrontada em matéria de patrocinador oficial das Feiras Novas».

Garante que a associação «tem tomado todas as decisões de forma ponderada e consciente, sempre no maior respeito pelo bom nome e pela grandiosidade das Feiras Novas».

Gonçalo Rodrigues, também vereador no executivo municipal, assinala que a colocação da imagem da carica da marca de cerveja nos arcos foi feita para cumprir o que está estabelecido no contrato do patrocinador e que tal «não é motivador de qualquer agressão física ou atentando contra a dignidade do monumento nacional».

Apesar da redução no patrocínio, que será renegociado para os próximos anos, o presidente da Associação Concelhia das Feiras Novas sublinha que «o valor do patrocínio obtido é ainda assim a terceira maior receita da Associação Concelhia, representando mais de 1/5 do valor total da receita prevista, assim como do valor total das despesas efectivas».

Gonçalo Rodrigues acrescentou que a redução do valor do patrocínio «implicou, desde logo, a tomada de decisão de aumentar ao valor do aluguer do terrado, para a totalidade dos ocupantes». Refere mesmo que «o valor arrecadado com o terrado, incluindo o valor que se prevê obter com a cobrança associada aos parques de estacionamento deverá, para a edição de 2023, atingir e até superar o valor do subsídio atribuído pelo Município de Ponte de Lima, 180.000,00€, com a diferença do acréscimo do lVA».

Aproveita para revelar que «os estabelecimentos de restauração e bebidas existentes na zona alvo de cobrança de terrado, mais uma vez tendo em consideração as estimativas realizadas, serão responsáveis por cerca de 16% da receita total do terrado. Por conseguinte, os restantes 84% resultarão da cobrança do terrado a todos aqueles que se instalam no mesmo, especificamente no período das Feiras Novas».

Mostra-se, por fim, convicto de que «em matéria de visibilidade da marca, sobretudo nos elementos que foram introduzidos na iluminação decorativa da Ponte, de que nada do proposto é descabido para dar a justa visibilidade ao patrocinador principal das Feiras Novas e, muito menos, motivador de qualquer agressão física ou atentando contra a dignidade do Monumento Nacional e maior referência patrimonial da vila mais antiga de Portugal».

ovilaverdense@gmail.com

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