OPINIÃO

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O Meu Amigo

Por José Gomes da Cruz
Representante dos Serviços do Ministério da Educação na CPCJ de Vila Verde

Eu tenho um amigo a quem eu, carinhosamente, trato por CPCJ. Mas é um amigo diferente, pois dentro dele cabem muitos outros amigos. Estão lá os meus professores que promovem a minha evolução, médicos e enfermeiros que zelam pelos meus cuidados de saúde. A Câmara Municipal de Vila Verde que atribuiu à minha irmã recém-nascida um subsídio de 250€ para utilizar na farmácia, e nos ajudou com tarifas sociais, e muito material para a nossa casa. A Segurança Social que também apoia outras famílias em dificuldades, a GNR que me protege de perigos que eu nem sei que existem.

O IEFP ajudou um primo meu a encontrar emprego e um tio a fazer formação. Mas eu não sabia que era assim, pois quando ouvia falar da CPCJ, agora meu amigo, nunca era da forma como ele é na realidade. Sempre me disseram para ter cuidado, para esconder os meus problemas senão ia à CPCJ e eu tinha medo que fosse castigado. Eu pensava que ele era malvado, que me iria condenar de alguma forma, mas nada disso aconteceu. Pelo contrário, quando lá fui ele ajudou-me imenso, tanto a mim como aos meus pais. E o mesmo se passou com outros conhecidos meus.

Por exemplo o “Paulo” (nome fictício) portava-se mal na escola e faltava bastante. A CPCJ conseguiu, conversando com os pais e com o “Paulo”, uma estratégia de resolução do problema que funcionou muito bem. O “Paulo” agora é um aluno bem-comportado e já não falta. Perguntei-lhe o motivo da alteração da atitude e ele respondeu-me que foram as conversas com os técnicos da CPCJ de Vila Verde. Os pais foram ajudados pelos técnicos e compreenderam que o caminho que seguiam não levava a bom porto.

O Gabinete de Ação Social também os ajudou a arranjarem solução para outros problemas. No gabinete de Infância e Famílias (GIF) os seus pais aprenderam a melhorar a sua relação e compreenderam que o “Paulo” era o mais prejudicado, apesar de ser o menos responsável. Fiquei tão contente que quando chegou a minha vez de falar com a CPCJ, fiquei com a esperança de que, também eu, conseguisse ver os meus problemas resolvidos e conseguisse dedicar-me à escola e à construção do meu futuro.

O meu pai e a minha mãe foram apoiados e todos juntos conseguimos ultrapassar esta fase difícil das nossas vidas. A minha irmã mais nova também foi ajudada e está agora muito. Agora vivemos melhor, somos mais felizes e conversamos entre todos sem problemas. Não há berros nem zangas.

Convido todos os jovens que têm problemas e precisam de ajuda a virem conhecer o meu amigo CPCJ de Vila Verde, pois sei que ele os receberá de braços abertos.

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