O Ministro João Galamba foi constituído arguido pelo Ministério Público (MP) no inquérito relacionado com os negócios do lítio e hidrogénio verde. O Primeiro-Ministro, António Costa, é alvo de uma investigação autónoma num inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça.
Ambas as informações foram avançadas, em comunicado, pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) está a investigar possíveis crimes de prevaricação, de corrupção activa e passiva de titular de cargo político e de tráfico de influência.
Segundo a PGR, estão a ser investigados factos relacionados com as concessões de exploração de lítio nas minas do Romano (Montalegre) e do Barroso (Boticas); um projecto de central de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, apresentado por consórcio que se candidatou ao estatuto de Projetos Importantes de Interesse Comum Europeu (IPCEI); e o projecto de construção de “data center” desenvolvido na Zona Industrial e Logística de Sines pela sociedade “Start Campus”.
“Em face dos elementos recolhidos na investigação e por se verificarem os perigos de fuga, de continuação de actividade criminosa, de perturbação do inquérito e de perturbação da ordem e tranquilidade públicas, o Ministério Público emitiu mandados de detenção fora de flagrante delito do chefe de gabinete do Primeiro-Ministro, do Presidente da Câmara Municipal de Sines, de dois administradores da sociedade “Start Campus” e de um advogado/consultor contratado por esta sociedade”, refere.