O Papa Francisco apelou esta segunda-feira, 8 de janeiro, à proibição universal da prática «barriga de aluguer», que considera «desprezível». Considera que a «comercialização» da gravidez é uma ameaça à dignidade humana.
Num discurso aos embaixadores acreditados junto da Santa Sé, Francisco referiu-se à maternidade de substituição ao listar uma série de ameaças à paz global e à dignidade humana.
Segundo o Papa, a vida do nascituro deve ser protegida, e não «suprimida ou transformada em objeto de tráfico».
Citado pela agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP), o Sumo Pontífice considera «desprezível a prática da chamada maternidade de aluguer, que representa uma grave violação da dignidade da mulher e da criança, baseada na exploração de situações de necessidades materiais da mãe»,
Referindo que uma criança é uma dádiva, e «nunca a base de um contrato comercial», Francisco apelou a uma interdição global da «barriga de aluguer» para «proibir esta prática universalmente».
O Papa já tinha manifestado a oposição da Igreja Católica ao que designou de «aluguer do útero», proibido nalguns países europeus, como Espanha e Itália.
No entanto, o departamento doutrinal do Vaticano esclareceu que os pais homossexuais que recorrem à «barriga de aluguer» podem batizar os seus filhos.
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