O presidente do Chega prometeu este sábado equiparar o subsidio de risco de todas as forças de segurança ao da Polícia Judiciária, dizendo que “nenhuma maioria de direita existirá” sem que esta seja a primeira medida a tomar. A Pedro Nuno Santos (PS), Mariana Mortágua (BE) e Paulo Raimundo (PCP) chamou “trio de horrores”.
“Nenhuma maioria de direita subsistirá, nenhuma maioria de direita existirá sem que a sua primeira medida seja restabelecer a equiparação de suplementos a todas as forças de segurança, a todas”, afirmou.
Esta garantia foi deixada por André Ventura na primeira vez que discursou na VI Convenção Nacional do Chega, que decorre até domingo em Viana do Castelo, para apresentação da moção com a qual se recandidata à liderança do partido.
“Decidi apresentar a este congresso uma nova candidatura, porque entendo que esse trabalho não está concluído na dignificação que temos de fazer de Portugal”, indicou, afirmando que o “exemplo maior” reside nas forças de segurança, que estão em protesto há vários dias.
O líder do Chega considerou que os agentes “não pedem nada de extraordinário” e “dão a vida pela segurança” dos portugueses, mas “não têm nenhum reconhecimento do Estado e sentem as suas vidas cada vez mais em perigo”.
TRIO DE HORRORES
André Ventura disse também estar pronto para governar o país já em Março e desvalorizou o PSD, ao dizer que o PS e o Chega são os maiores partidos em Portugal.
O líder do Chega deixou igualmente farpas à Esquerda. André Ventura acusa o PS de querer voltar a 1974 e usou a ironia para criticar um possível regresso da “geringonça” ao poder.
Ventura disse que Pedro Nuno Santos, juntamente com Mariana Mortágua e Paulo Raimundo, seriam o “trio dos horrores”.
O presidente do Chega prometeu também que, se chegar ao Governo, cortará todos os subsídios das associações que promovam “ideologias de género e a igualdade de género”.
Ventura voltou a radicalizar o discurso e a eleger como alvo as associações de promoção da igualdade de género, granjeando um apoio de uma plateia que o aplaudiu de pé.
“Eu garanto-vos uma coisa, aquele dinheiro todo que damos para as ideologias de género e para promover a igualdade de género […], vou pegar nesses milhões todos e vou dizer às associações: ‘esqueçam, não vão receber um tostão’”, declarou, admitindo que as suas afirmações podem ser consideradas polémicas.
O presidente do Chega alegou estar em causa cerca de 400 milhões de euros e prometeu usar esse valor, caso venha a ter responsabilidades governativas, na criação de “um fundo de apoio” às forças de segurança e aos ex-combatentes.
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Com SIC Notícias
Foto Facebook Chega