As famílias dos três alunos que morreram em abril de 2014, atingidos por um muro, junto à Universidade do Minho, em Braga, pedem uma indeminização de 150 mil euros cada uma, o que dá um valor total de 450 mil euros.
A ação colocada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, a título de dano por morte e danos não patrimoniais, visa a Câmara Municipal de Braga e a empresa gestora do condomínio, que tinha as caixas de correio na estrutura de betão que ruiu.
O início do julgamento estava marcado para esta quinta-feira, mas foi adiado para 18 de abril.
Em declarações à Rádio Renascença, o advogado das três famílias, José Carlos Rendeiro, disse que a autarquia e a administração do condomínio “deveriam ter retirado a estrutura e impedido o acesso da população àquela área, uma vez que já existia um risco iminente dessa estrutura ruir”.
“Esta é a nossa posição e é com isto que vamos a tribunal tentar não reparar os danos, porque os danos são irreparáveis”, explicou o advogado. “Estamos a falar de três mortos, mas, pelo menos, vamos tentar atenuar um pouco a dor dos pais, procurando que alguém assuma a culpa deste incidente, porque, até à data, ninguém assumiu”, lamentou José Carlos Rendeiro.
Aos microfones da RR, o advogado sublinhou que esta “não é tanto uma questão da indemnização, mas o desconforto de perceberem que, na opinião deles, a culpa é efetivamente das entidades públicas, nomeadamente da Câmara Municipal e da administração do condomínio, porque tinham conhecimento do estado da estrutura e nada fizeram”.
O acidente aconteceu a 23 de abril de 2014 quando, no âmbito de uma ação de praxe, quatro alunos da Universidade do Minho subiram a um muro que acabou por ruir, matando três outros estudantes que estavam na base.