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Polícias em protesto chumbaram teste de tiro para ficar sem arma

Vinte e dois dos 24 polícias da PSP que realizaram a certificação de tiro no Algarve chumbaram no teste, correndo o risco de ficarem sem arma e sem fazer serviço no exterior, indicou esta quarta-feira aquela força de segurança.

Numa resposta enviada à Lusa sobre os polícias que estão a chumbar nos testes de tiro alegadamente como forma de protesto, a direcção nacional da PSP confirma que, no final da semana passada, decorreram duas sessões de certificação de tiro com duas turmas de 12 formandos cada, tendo 22 reprovado.

“Estes formandos serão submetidos a uma segunda sessão de certificação de tiro e, se voltarem a reprovar, passarão a desempenhar funções exclusivamente em serviço administrativo, perdendo o direito a auferir suplementos”, avança ainda a PSP.

Fonte policial referiu à Lusa que vários agentes da PSP do Algarve começaram uma nova forma de protesto e estão a chumbar propositadamente no teste prático de tiro para ficarem sem arma e desta forma não poderem ir para o exterior.

A fonte explicou que os polícias da PSP realizam todos os anos testes de formação de tiro para assegurar que estão aptos para usar armas. Caso chumbem a arma é retirada, ficando os polícias em trabalhos administrativos.

A notícia de que os polícias estão a chumbar na formação de tiro foi avançada pela SIC.

Os elementos da PSP e da GNR têm protagonizado vários protestos para exigir um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, tendo a contestação começada há mais de quatro semanas.

A maioria dos protestos tem sido convocada através de redes sociais, nomeadamente WhatsApp e Telegram, tendo surgido recentemente um movimento inorgânico chamado ‘movimento inop’ que não tem intervenção dos sindicatos, apesar de existir a plataforma, criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança.

Nos últimos dias vários polícias da PSP e militares da GNR apresentaram baixas, apesar de a plataforma não assumir que sejam uma forma de protesto.

Entretanto, o ministro da Administração Interna determinou a abertura de um inquérito urgente à Inspecção Geral da Administração Interna sobre as generalizadas e súbitas baixas médicas apresentadas por polícias.

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