A vila de Prado recuou ao passado e reviveu, esta tarde, a secular tradição da “Corrida do Galo de Francelos”. Em tempos, envolvia as comunidades escolares e chegou a ser realizada no largo de S. Tiago (o qual servia de recreio da escola). Regressou, este domingo, após alguns anos de interregno.
Tendo caído em desuso, após a desactivação daquele espaço escolar, o Centro de Cultura e Convívio da Vila de Prado recuperou a tradição e trouxe-a de volta até ao terreiro da escola.
E não faltou a tradicional leitura do testamento do galo, bem como a correria para apanhar o galináceo.
TRADIÇÃO
Esta corrida do Galo é “uma tradição única da nossa freguesia”, foi assim que Patrício Araújo, vereador na Câmara Municipal de Vila Verde se referiu a ela.
O vereador aproveitou a ocasião para felicitar a Junta de Freguesia da Vila de Prado pelo seu empenho e por estar sempre perto das associações locais.
Três galos, e uma galinha, chegaram ali transportados em carrinhos de mão brilhantemente aparelhados.
Depois, um a um, lá foram colocados num buraco, há muito tempo ali existente para o efeito, para que uma criança de olhos vendados descobrisse onde estava o buraco. Depois, o galo era solto e os mais novos corriam atrás dele. Ganhava o prémio quem o agarrasse.
Nela Braga, uma pradense da Ramalha, aproveitou para participar e recordar. “Nos meus tempos de escola, todos os alunos faziam um desenho de um galo e ao mais lindo era atribuído um prémio”, recordou, em declarações ao jornal ‘O Vilaverdense’. E acrescentou outras lembranças: “chegavam aqui vários carrinhos com galos e uma galinha. As meninas traziam cestas enfeitadas com ovos e o galo, que era comprado com o dinheiro dos alunos, era sempre para oferecer à professora”.
Também a fazer questão de se associar ao momento, Albano Bastos, presidente de Junta da Freguesia da Vila de Prado, enalteceu a força de vontade Centro de Cultura e Convívio da Vila de Prado pelo facto ter trazido de volta aquela tradição pradense.
No final, alguns presentes entoaram cantigas alusivas ao acontecimento. Para terminar, cumprindo outro hábito antigo, levaram-se as aves a passear pelos caminhos das redondezas.
ovilaverdense@gmail.comPor Emílio Costa (CO 1179)