Um juiz de Braga ordenou uma diligência judicial na sede nacional do Chega. Em causa está um ata que coloca em causa o cabeça do lista do partido naquele círculo eleitoral, o já deputado Filipe Melo.
A diligência foi acompanhada pela Polícia de Segurança Pública (PSP), na sede do Chega em Lisboa.
O caso está relacionado com a destituição de um membro do Chega da direção de Braga do partido de André Ventura.
FEITOR DESPOLETOU QUESTÃO
A situação levou a uma ação judicial movida pelo então vereador do partido na Câmara de Vila Verde, Fernando Silva, o “Feitor”, que pediu a ata da destituição, mas esta nunca apareceu.
«Nessa altura restavam apenas 4 membros ativos e era necessário mais um para manter a distrital na legalidade», recorda Fernando Feitor. «Por isso, foram buscar o Adjunto José Luís Moreira que tinha sido destituído no dia 04/06/2021, fiz o pedido da acta dessa reunião à distrital e até agora não entregaram porque isso provaria a falta de quórum na distrital de Braga. Ou seja, para “permanecerem na legalidade”, cometeram uma grande ilegalidade», acrescenta.
Filipe Melo, atual deputado do Chega na Assembleia da República (AR) eleito por Braga, foi mesmo chamado a prestar declarações sobre o caso perante um juiz.
«Tenho andado a advertir por várias vezes que esta gente é perigosa, muito perigosa para nossa democracia, só lhes move o ego e poder», sublinha ainda Fernando ‘Feitor’.
E remata: «Se André Ventura quer limpar Portugal, acabar com os subsídio-dependentes e corruptos, que faça primeiro uma limpeza na sua própria “casa”».
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Foto-Legenda: Filipe Melo, ao centro, ladeado por Fernando Feitor (à esquerda) e José Luís Moreira (à direita)