A Casa do Povo da Vila de Prado lançou, esta quarta-feira, a primeira pedra da nova creche, que ficará localizada na Praça Comendador Sousa Lima e terá capacidade para 78 crianças até aos três anos, permitindo também instalar o serviço de apoio domiciliário (SAD).
O presidente da instituição, Armandino Carvalho, disse que a obra vai permitir “resolver um problema grave” de falta de vagas disponíveis para crianças, sendo um projeto “muito importante” para a Casa do Povo.
“Atualmente, a nossa creche tem 33 lugares e, desde há cerca de três/quatro anos, há 100 crianças em lista de espera”, explicou o dirigente.
Na mesma linha, a presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Fernandes, garantiu tratar-se de um “dia muito feliz” para a Vila de Prado e para todo o concelho ao ver surgir mais uma obra de cariz social.
“É uma nova resposta que vai ajudar a suprir as carências existentes”, assegurou a autarca, elogiando o “grande trabalho” e a “coragem” demonstradas pela Direção da Casa do Povo de Prado.
FINANCIAMENTO REFORÇADO
A cerimónia foi presidida pela Secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes, que destacou a importância da obra e anunciou um reforço de 20% da contribuição atribuída pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Na última reprogramação do PRR, a nossa primeira preocupação foi defender o reforço das comparticipações atribuídas a cada obra, uma vez que os preços totais cresceram, devido a várias contingências. Não conseguimos o valor que pedimos a Bruxelas, que era 30%, mas conseguimos 20%”, disse a Secretária de Estado.
Ana Sofia Antunes sublinhou tratar-se de uma “boa notícia” para as instituições, nomeadamente para a Casa do Povo de Prado, que “certamente vai permitir reduzir” o valor que a instituição terá de pedir à banca.
A Secretária de Estado respondeu assim ao desafio lançado por Armandino Carvalho e reiterado por Júlia Fernandes, que pediram um reforço do financiamento atribuído no âmbito do PRR.
Segundo o presidente da Casa do Povo de Prado, a construção da creche representa um investimento de cerca de 1,6 milhões de euros, tendo obtido uma comparticipação de 598 mil euros. A instituição vai recorrer a um empréstimo bancário e a capitais próprios para pagar a obra.