A ‘Casa dos Saberes e do Sabores Populares de Vila Verde’ foi inaugurada esta manhã. O novo espaço, que passa a ser dinamizado pela Associação Empresarial do Vale do Homem (AEVH), através de protocolo hoje assinado, transforma-se em local de promoção, degustação e valorização dos produtos locais e de exposição de produtos gastronómicos premiados de Vila Verde.
O espaço do antigo quartel da GNR de Vila Verde, no Bom Retiro, foi renovado através de uma candidatura ao FEDER. Um investimento total de 194 mil euros, comparticipado em cerca de 150 mil euros.
O pudim Abade de Priscos, os queijos e os doces premiados, a cerveja artesanal, as papas de sarrabulho dos ‘vinte’ da Vila de Prado, o pica-noi-chão, a doçaria e pastelaria, os vinhos e demais produtos certificados e premiados vão ter ali um espaço de exposição e valorização.
O edifício passa a estar «ao serviço dos empresários e dos produtores e empreendedores locais, sob a temática dos saberes e sabores, para aqui serem geradas dinâmicas próprias e de promoção do riquíssimo património gastronómico de Vila Verde», sublinhou a presidente de câmara municipal de Vila Verde, Júlia Fernandes, durante a cerimónia realizada esta manhã.
Numa cerimónia que contou com degustação de vários produtos da marca ‘Namorar Portugal’, o presidente da AEVH, José Manuel Lopes, lembrou que «as empresas (os empresários e seus colaboradores) são o nosso foco. Todos, em conjunto e unidos, vamos tornar o tecido empresarial mais forte e coeso». Assinalou, a propósito, «é com espírito de missão à causa pública e ao fortalecimento dos diferentes sectores do tecido empresarial do Vale do Homem que aqui estamos».
Disse, por isso, que «esta nova casa vai permitir, por isso, reformular e reforçar o nosso projeto, pois estaremos mais próximos e mais disponíveis. Este será um espaço de todos, das empresas, dos empresários, dos empreendedores locais, das novas dinâmicas económicas que se ambicionam e desejam para um futuro mais risonho para todos».
NOVA ORDEM MUNDIAL
José Manuel Lopes quis ainda lembrar «a fase de alguma indefinição, inquietude, uma certa incerteza» que as empresas de empresários vivem. «Além do futuro do País, que se decide a 10 de Março, mais preocupantes são as tentativas de impor ‘novas ordens mundiais’», referindo as Guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza, depois do «grande desafio» que foi a pandemia COVID 19.
Apesar de sublinhar a «resiliência, criatividade e determinação» dos empresários, «impõe-se um olhar do poder político mais atento aos desafios que se colocam às empresas (sobretudo às micro, pequenas e médias empresas, aquelas que mais representamos). Lembrou que «a carga fiscal continua muito elevada; a distribuição de apoios e outros incentivos continuam centrados nas grandes empresas e multinacionais; e a renovação e o investimento nos novos paradigmas da inovação tecnológica e qualificações avançadas parecem resumir-se a pequenas ações de maquilhagem».
Na sua óptica, «devemos estar atentos, ouvir os nossos empresários, sentir o pulsar em cada dia, ajudá-los a encontrar soluções».
BAIRROS DIGITAIS
Durante a cerimónia, a câmara municipal de Vila Verde e a Associação Empresarial do Vale do Homem assinaram um protocolo de cooperação para o desenvolvimento do projeto ‘Bairros Digitais’, dirigido ao comércio local.
Um projeto que, para Júlia Fernandes, vai «tornar o comércio local mais apelativo, pois permitirá a sua modernização e gerar novas dinâmicas». Vincou que «vamos preparar o nosso comércio para os desafios de futuro. E, para a sua implementação, escolhemos o parceiro ideal».
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