A atriz e dramaturga Sara Barros Leitão vai levar o espetáculo “Guião para um país possível” a 15 cidades portuguesas até novembro. A peça já foi vista por 1.700 espectadores desde a estreia, em dezembro, em Viana do Castelo.
De acordo com o calendário da digressão, divulgado pela estrutura Cassandra, nos dias 08 e 09 de março, “Guião para um país possível” vai estar n’O Teatrão, em Coimbra, seguindo-se a Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, nos dias 15 e 16 de março, e o Teatro-Cine de Pombal, no dia 23 do mesmo mês.
O espetáculo chega a Lisboa nos dias 12, 13 e 14 de abril, no Teatro do Bairro Alto, viajando depois até ao Teatro Viriato, em Viseu, nos dias 19 e 20 de abril.
De acordo com o calendário, a peça é apresentada no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém, no dia 26 de abril, com datas marcadas na Marinha Grande (04 de maio, no Teatro Stephens), Vila Real (10 de maio, no Teatro Municipal), Loulé (18 de maio, no Cineteatro Louletano), Matosinhos (06 e 07 de julho, no Cineteatro Constantino Nery), Leiria (13 de setembro, no Teatro José Lúcio da Silva), Covilhã (05 de outubro, no Teatro Municipal), Alcanena (11 de outubro, Cine-Teatro S. Pedro), Miranda do Corvo (18 de outubro, Casa das Artes) e Tondela (21 de novembro, na ACERT).
Na base da peça estão os jornais oficiais da Assembleia da República dos últimos 50 anos, “sem uma única palavra inventada, apenas recuperando, colando e cosendo algumas transcrições”.
Com este espetáculo, no qual assina o texto e a encenação, Sara Barros Leitão propõe “uma viagem pelos últimos 50 anos da democracia portuguesa” a partir daquela “lente muito específica” que é pública.
Para isso, leu “o máximo possível” das transcrições diárias efetuadas todos os dias, habitualmente, por duas funcionárias que estão no hemiciclo numa mesa de madeira perdida entre a bancada dos deputados e a dos membros do Governo e que todos os dias escrevem “tudo o que é dito, nomeadamente reações, apartes, tudo o que possa contribuir para um retrato fiel do que acontece durante essas sessões”.
“É a colagem possível” do que aconteceu no parlamento e “que é também, de alguma forma, uma conquista da própria democracia, que consiste em termos um parlamento livre onde podem estar representados todos os partidos”, disse.
A interpretação da peça é feita por João Melo e Margarida Carvalho, com desenho de luz de Cárin Geada e composição musical de Pedro João.