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Great Padel de Vila Verde diz-se perseguido pela Federação

O Clube Great Padel, que surgiu há pouco mais de nove meses, em Vila Verde, não pode participar na Liga de Clubes de Federação Portuguesa de Padel por «questões administrativas dúbias e ilegais», segundo informou o clube num comunicado enviado à imprensa.

«Desde o primeiro dia que nos quisemos afirmar com uma visão distinta sobre o posicionamento do padel junto da comunidade e em conjunto com o Município de Vila Verde estabelecemos uma parceria que é de um sucesso inquestionável. Possibilitamos uma igualdade de oportunidades de acesso ao desporto e à modalidade, por parte de 280 jovens vilaverdenses através do Desporto Escolar», refere o documento.

No texto, assinado pelo CEO da Great Padel, Francisco Mota, o clube considera que «o padel tem a obrigação moral de ser um veículo de inclusão de forma a combater as assimetrias do território e a dispersão geográfica, que se afirmam demasiadas vezes como barreiras de acesso à prática desportiva».

«É fundamental apresentar o padel como uma modalidade de igualdade de oportunidades e para todos independentemente da sua condição sócio-económica. Em menos de um ano o clube vilaverdense conseguiu ainda cimentar uma academia com 200 atletas e mais de 3500 atletas regulares na prática do padel», acrescenta.

O dirigente reforça que, com este percurso, o clube «não poderia ficar indiferente» com os desafios da nova época e a participação nas provas nacionais de clubes «tornou-se imperiosa para dar continuidade ao desenvolvimento já iniciado e elevar no seio da modalidade a nível nacional o nome e a bandeira do concelho de Vila Verde».« Com o apoio do Município, que assegura a inscrição de atletas, equipas e testes médicos apresentámos três equipas para a competição num total de 31 atletas».

Francisco Mota diz que se mostrava convicto «que o modelo de parceria com o Município, seria acolhido pela Federação e até um exemplo a seguir para outros territórios e cubes, tal como acontece com outras federações e modalidade pelo país inteiro». «Infelizmente chegamos a um impasse administrativo que apenas tem um responsável o Presidente da Federação», afirma o dirigente.

«Da nossa parte não temos qualquer satisfação em alimentar esta situação, que como podemos verificar, caso existisse bom senso e disponibilidade, resolver-se-ia facilmente. O nosso foco é trabalhar em prol do padel e dos nossos atletas e não gastar energias em combater a intolerância e os atropelos gerados por este episódio. Mas de uma coisa pode estar certo, não abdicaremos da nossa participação na liga de clubes, nem dos nossos atletas, que ao contrário do que diz a FPP, cumpriram todos os requisitos», concluiu.

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