O Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT) da Universidade do Minho promove, a partir desta segunda-feira e até sábado, o encontro internacional de artistas caminhantes The Walking Body (TWB5), em Guimarães.
O programa tem epicentro na galeria da Garagem Avenida/Escola de Arquitetura, Arte e Design, no campus de Couros, e inclui oficinas (walkshops), mesa redonda e exposição sobre arte e caminhar. É aberto a todos, sendo as inscrições em walk.lab2pt.net/twb.
Este evento conta com nove artistas que vão conduzir diversas atividades, em especial no bairro C: Verónica Perales (Espanha), Maria Ristani (Grécia), Geert Vermeire (Bélgica), David Merleau (Canadá), Soazic Guezennec, Fred Adam (França), Manuel Miranda Fernandes, Miguel B. Duarte e Natacha Antão (Portugal).
A mesa redonda é esta segunda-feira, às 19h00, no Café Milenário, com transmissão online em walklistencreate.org. A exposição fica patente (até 13 de abril) na Garagem Avenida, reunindo processos e resultados desta semana de trabalho, além de contribuições dos participantes e visitantes.
Esta quinta edição tem o mote “Caminhar mais que humano” e envolve as universidades do Minho, Aristóteles de Salónica (Grécia) e Múrcia (Espanha). Tem a colaboração da Made of Walking/the Milena Principle e insere-se na rede Walking Artists & Local Communities (WALC), recebendo apoio do programa Europa Criativa da UE e do programa IMPACTA do Município de Guimarães.
A WALC reúne sete entidades de cinco países, incluindo o Lab2PT, e para o período 2024-2027 quer estabelecer um centro internacional para as artes pedestres na fronteira greco-albano-macedónia e uma plataforma online alargada com eventos locais e digitais. O projeto artístico e os walkshops TWB nasceram em outubro de 2018, por Natacha Antão, Miguel B. Duarte (UMinho) e Geert Vermeire (Made of Walking).
As walking arts tornaram-se uma resposta à profunda crise ambiental global. Caminhar é uma das chaves para aprofundar a nossa compreensão e relação com o planeta, diz a organização: “Não caminhamos apenas como seres isolados, como exploradores; os sons, os seres vivos, as plantas, a geopoética de cada lugar são fatores que nos ligam a uma natureza experimentada e vivida em cada passo que damos”.