As buscas para encontrar os dois desaparecidos no naufrágio de um barco no domingo perto de Troia, Grândola, foram retomadas cerca das 07h30 desta segunda-feira, disse à Lusa o porta-voz da Autoridade Marítima Portuguesa (AMN).
“As buscas já começaram. Para já temos o NRP Viana do Castelo por mar, uma embarcação salva-vidas de Sesimbra, equipas da Polícia Marítima por terra e ‘drones’ da AMN no ar”, indicou o porta-voz da AMN e da Marinha Portuguesa, comandante José Sousa Luís.
As operações de busca de duas das cinco pessoas que seguiam a bordo da embarcação, que se afundou a cerca de milha e meia (aproximadamente três quilómetros) de Troia, foram interrompidas pelas 20h30 de domingo e retomadas esta manhã.
Das cinco pessoas que seguiam no barco, todas do sexo masculino, duas continuam desaparecidas, duas foram encontradas sem vida e uma sobreviveu, o proprietário e timoneiro da embarcação, de 62 anos.
O naufrágio da embarcação terá acontecido por volta das 07h00 de domingo, mas a Polícia Marítima só recebeu o alerta às 10h05.
No domingo, o capitão do Porto de Setúbal, Serrano Augusto, que também é comandante-local da Polícia Marítima, explicou que o proprietário da embarcação – até agora o único sobrevivente – terá sido surpreendido por um golpe de mar, o que fez com que o barco, apesar das manobras efetuadas, tenha virado e afundado.
A bordo seguiam dois irmãos, de 21 e 23 anos, sendo um deles uma das vítimas mortais cujo corpo já foi encontrado, um homem com cerca de 40 anos e o seu filho, entre os 11 e os 13 anos, que também foi resgatado sem vida.
Segundo o capitão do Porto de Setúbal, “são todos da zona de Grândola, moram na mesma rua” e iam à pesca de choco, mas apenas a criança tinha colete.