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Morte por ‘legionella’ em Caminha sem culpado

O surto de ‘legionella’ que surgiu em novembro em Caminha afectou 10 pessoas, provocou um óbito e a fonte de contaminação não foi identificada, revelou esta terça-feira à Lusa o delegado de Saúde do Alto Minho.

“Não foi identificada a fonte de contaminação. Foram feitas colheitas de amostras em 10 locais [que] foram enviadas para o INSA [Instituto de Saúde Pública Ricardo Jorge], mas os resultados foram todos negativos. Ou seja, não foi identificada ‘legionella’ em nenhuma das amostras”, explicou Luís Delgado.

As conclusões da investigação epidemiológica relativa ao surto que infectou 10 pessoas e provocou um óbito naquele concelho ficou concluído em março e foi enviado à Direcção-Geral de Saúde, acrescentou o delegado de Saúde do Alto Minho, que recusou facultar o documento à Lusa por se tratar de um “relatório técnico”.

Luís Delgado indicou que foram “identificados 26 locais onde havia pontos de emissão de aerossóis”, tendo sido feitas 10 colheitas para análise.

O responsável afirmou que o surto “provocou 10 infectados e um óbito”, mas não soube precisar a data da morte relacionada com a infecção por ‘legionella’.

A 20 de novembro, a Câmara de Caminha revelou que o número de infectados por ‘legionella’ no concelho tinha subido para oito e as autoridades de Saúde da Xunta da Galiza revelaram à Lusa estarem a estudar com Portugal a relação entre aquele surto e outro naquela região espanhola, com 10 casos de infecção pela bactéria.

A Lusa contactou esta terça-feira a autoridade de Saúde da Xunta da Galiza, mas não obteve resposta até ao momento.

Em Caminha, o último caso de infecção reportado pela autarquia à comunicação social dizia respeito à oitava infecção por ‘legionella’, que era uma mulher “de 83 anos, residente em Vila Praia de Âncora”, então “internada no hospital de Viana do Castelo, em situação estável”.

O primeiro doente de Caminha infectado com ‘legionella’ foi notificado às autoridades de saúde em 10 de novembro.

A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

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