O Ministério Público do Tribunal de Vieira do Minho libertou, ontem, ao final do dia, cinco jovens, que tentaram roubar e agrediram duas pessoas na zona dos Peões em Braga.
O grupo, que foi detido esta madrugada pela PSP de Braga, é suspeito de ter sido o protagonista de vários roubos e agressões, ocorridas nos últimos tempos em Gualtar, nas imediações da Universidade do Minho.
Os assaltos têm alarmado a comunidade estudantil, que fez já um abaixo-assinado pedindo mais segurança na zona. E obrigou o próprio Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, a intervir no mesmo sentido.
Aquando da detenção, a Polícia apanhou-lhes heroína para 80 doses, o que motivou a abertura de um inquérito autónomo por tráfico de droga.
Na ocasião, o Ministério Público pediu a prisão preventiva de Miguel Ângelo Pinto, tido como o cabecilha do bando de cinco jovens que, na madrugada de ontem, agrediu e tentou roubar dois outros, Gonçalo Teixeira e José Carvalho, em Braga, tendo um deles recebido tratamento hospitalar por ter levado com uma garrafa na cabeça.
O MP sustentou que os crimes em causa podem ir até oito anos de cadeia.
A juíza de instrução não atendeu ao pedido, por considerar que, face aos factos indiciados, o crime de roubo na forma tentada, a medida era desporporcionada. E libertou-os.
Apesar disso, e atendendo a que Miguel, que não prestou declarações, tem vários outros inquéritos criminais em curso, o MP – disse fonte ligada ao processo – vai insistir na necessidade da sua prisão preventiva até ao julgamento.
O grupo, com idades entre os 17 e os 30 anos, foi detido, na zona dos Peões, pela equipa de intervenção da PSP, que os vigiava há vários dias, já que têm perseguido e roubado transeuntes, alguns deles estudantes, e causado distúrbios em Gualtar, em Braga, na zona conhecida como a dos «bares da universidade» do Minho.
A Polícia procurava detê-los em flagrante dado o alarme social que a sua actividade criminosa estava a causar, com um abaixo-assinado de universitários e uma posição pública da Reitoria.
Aquando da detenção, a PSP aprendeu heroína para 80 doses, facto que deu origem a um outro inquérito-crime por suspeita de tráfico de estupefacientes.