O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), António Cunha, vai presidir à comissão de honra da Romaria da Agonia de 2024, revelou hoje o presidente da Câmara de Viana do Castelo.
O autarca, Luís Nobre, delegou hoje a competência no presidente da CCDR-N, António Cunha, «reconhecendo assim o trabalho e dedicação em prol de Viana do Castelo, da região Norte e do país».
«António Cunha tem sido, ao longo dos anos, presença assídua na rainha das romarias enquanto antigo reitor da Universidade do Minho e atualmente enquanto presidente da CCDR-N», assinala a autarquia, em comunicado.
Em 2024, a Romaria d’Agonia vai realizar-se de 14 a 22 de agosto.
António Cunha nasceu em 1961, filho de pais naturais da freguesia de Deocriste, em Viana do Castelo, e desde sempre se assumiu como apaixonado pela Romaria d’Agonia, acrescenta o município.
A câmara descreve que Cunha se licenciou em Engenharia de Produção na Universidade do Minho (UMinho) em 1984, e doutorou-se em Ciência e Engenharia de Polímeros em 1991.
Professor catedrático do Departamento de Engenharia de Polímeros desde 2003, Investigador do IPC — Instituto de Polímeros e Compósitos, é autor ou coautor de dois livros, 120 artigos em revistas científicas internacionais e quatro patentes.
António Cunha foi ainda cofundador do Grupo de Investigação 3Bs, exerceu funções de presidente da Escola de Engenharia (2005-2009) e foi reitor da Universidade do Minho (2009-2017).
Foi Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (2014-201), presidente do Padroado da Fundação CEER (Universidades Norte de Portugal — Galiza) de 2010-2016, e presidente do Instituto Internacional Casa de Mateus (2010 -2016), para além de ter presidido ao CoLab em Transformação Digital, DTx (2018 -2020).
Entre as várias distinções que foi conquistando ao longo dos anos, destacam-se a Medalha de mérito científico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, obtida em 2017, e a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública, em 2018.
ORIGENS DA ROMARIA D´AGONIA
As origens da Romaria d’Agonia remontam a uma via-sacra referenciada em documentos do século XV.
Nesse local foi construída, em 1674, a Capela do Bom Jesus do Santo Sepulcro.
A devoção surgiu em 1751, quando a imagem da santa entrou na capela, o que fez aumentar de forma considerável o número de promessas e ofertas, mantendo-se até aos dias de hoje como padroeira dos pescadores.
A igreja dedicada à santa começou a ser construída em 1774 e, nove anos mais tarde, a Sagrada Congregação dos Ritos concedeu licença para que todos os anos pudesse ser celebrada naquele local, a 20 de agosto, uma missa solene, dia que, ainda hoje, é feriado municipal.
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