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Fome obriga estudantes estrangeiros da UMinho a recorrer ao ‘Virar a Página’

Sete estudantes internacionais da Universidade do Minho, cinco dos quais alojados na residência de Santa Tecla, em Braga, estão a atravessar dificuldades económicas, nomeadamente, ao nível alimentar, obrigando-os a recorrer à associação Virar a Página, uma associação que proporciona uma resposta social de emergência alimentar na cidade.

“Há estudantes, nomeadamente estrangeiros, que são aceites em mestrados e doutoramentos sem terem qualquer meio de subsistência”. A denúncia é feita à Rádio Universitária do Minho (RUM) pela coordenadora do Virar a Página.

“Penso que a universidade deveria começar a ter alguns mecanismos de garantia antes de oferecer as vagas, porque um jovem num país africano, por exemplo, onde a vida é difícil, se tiver uma oferta de uma formação destas num país europeu, nem pensa duas vezes que não tem dinheiro para comer, nem para alojamento, nem para pagar as propinas”, defende Helena Pina Vaz.

A mentora do Virar a Página admite aos microfones da RUM ser “difícil de compreender” como é que a cantina da universidade “não tem capacidade para dar algumas refeições a esses jovens”. “Tem de ser uma associação deste género, que não tem apoio nenhum, que tem de fazer isso?”, questiona.

REITOR APELA À INFORMAÇÂO

Também à RUM, o reitor da academia minhota, Rui Vieira de Castro, diz que teve “há tempos”, um contacto de alguém próximo da associação e que já reportava um diagnóstico similar a esse.

“O meu pedido foi que os estudantes pudessem ser mobilizados para se dirigirem aos Serviços de Acção Social da Universidade (SASUM)”, adianta.

Rui Vieira de Castro destaca o trabalho dos SASUM e assume que “é difícil, muitas vezes, os próprios estudantes reconhecerem as dificuldades em que se encontram”.

“Os estudantes, nestas situações, podem contactar individualmente, por correio electrónico, seja a administradora de acção social, seja a provedora do estudante, para exporem o seu caso e serem imediatamente apoiados”, indica, apelando para que as pessoas se dirijam à universidade.

“Não podemos apoiar pessoas cujo quadro nós não conhecemos”, justifica o reitor à Universitária.

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