DOURO (Queda de Helicóptero)

DOURO (Queda de Helicóptero) -

Governo decreta luto nacional por militares da GNR mortos em acidente de helicóptero

O Governo vai decretar luto nacional no sábado em memória dos militares da GNR que morreram no acidente com um helicóptero no Rio Douro.

O dia de luto foi anunciado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, que se deslocou ao local da tragédia, em Lamego.

«Hoje é um dia muito, muito triste para Portugal», vincou o primeiro-ministro na primeira declaração ao país sobre o incidente, após ter estado reunido com a Proteção Civil em Lamego.

«Está a ser feito todo o esforço, não só para recuperar os corpos das vítimas mortais, mas para dar acompanhamento ao sobrevivente deste acidente e para tudo fazer para encontrar o quinto militar da GNR que se encontra desaparecido», acrescentou.
Luís Montenegro adiantou ainda que tem estado em contacto permanente com o presidente da República e que, em consonância com a proposta do Governo, Marcelo Rebelo de Sousa «anuiu a que fosse decretado o dia de luto nacional para amanhã, em homenagem à dedicação, ao brio, à entrega destes homens» que prestam socorro aos portugueses.

MILITARES RESIDENTES NA ZONA DO DOURO NA CASA DOS 30ANOS DE IDADE  

Refira-se que quatro dos cinco corpos dos militares da GNR que estavam desaparecidos no rio Douro na sequência da queda do helicóptero de combate a incêndios ao início da tarde desta sexta-feira foram encontrados pelas equipas de resgate.

Assim, fica a faltar apenas encontrar um dos cinco militares da GNR, que se encontravam no aparelho, na zona do Peso da Régua, quando regressava de um incêndio em Baião.

A confirmação foi feita num brieffing pouco depois das 18.45 horas por Rui Silva Lampreia, chefe do departamento da Polícia Marítima Norte. «Quatro vítimas foram localizadas e uma continua desaparecida», começou por dizer, garantindo que «vai prosseguir o esforço» para encontrar o militar da GNR que ainda está desaparecido.

Este responsável confirmou que as duas primeiras vítimas «foram encontradas no interior do aparelho», sendo que as outras duas «estavam fora, junto à cauda da aeronave, à profundidade de seis metros». Rui Silva Lampreia revelou ainda que o helicóptero «partiu-se em dois».

«Temos seis equipas de mergulho a operar, com duas dezenas de mergulhadores. Esta operação vai decorrer até cerca das 21.00 horas, ou seja, até cerca de meia hora depois do por do sol. No entanto, se necessário, amanhã serão retomadas as buscas assim que houver luz do dia», assegurou Rui Silva Lampreia.

Quanto ao piloto do aparelho que se encontra no hospital de Vila Real, disse ter «algumas fraturas» nos membros superiores, mas «nada de grave», acrescentando que as vítimas mortais «são da região e têm na casa dos 30 anos».

O chefe do departamento da Polícia Marítima Norte adiantou ainda que há «várias equipas de psicólogos no local para apoiar a família das vítimas», enquanto 115 operacionais continuam as operações de busca do militar ainda desaparecido.

Sobre as causas do acidente, voltou a remetendo para mais tarde todos os esclarecimentos.

Os militares pertenciam à Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR.

O primeiro-ministro Luís Montenegro esteve no local do acidente, onde se reuniu com as autoridades locais e, depois, embarcou numa das lanchas de busca e percorreu as margens do rio com uma das equipas de socorro.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também esteve no local, juntamente com o primeiro-ministro, depois de ter cancelado a sua agenda.

“Desconhece-se para já, as causas do acidente, tendo o piloto sido resgatado com vida, apenas com ferimentos ligeiros. Mantêm-se as buscas no rio, para os cinco elementos da UEPS, ainda desaparecidos”, informou a GNR, em comunicado, logo após o acidente, ainda antes do resgate dos corpos.

ovilaverdense@gmail.com

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