A Conferência Nacional de Observação da Terra – Terra em Foco realiza-se, esta quinta e sexta-feira (12 e 13 de setembro), na Universidade do Minho, em Braga, reunindo mais de 200 participantes da academia, da indústria e também decisores políticos.
É o ponto de encontro da comunidade portuguesa na área, tratando temas como a atmosfera, os oceanos, as florestas, os novos sensores ou as constelações. Organizado pela Agência Espacial Portuguesa e pela Escola de Engenharia da UMinho (EEUM), o evento serve ainda de montra de novos produtos, serviços e ações de financiamento.
A abertura é esta quinta-feira, às 09h30, no auditório B1 do campus de Gualtar, com o presidente da Agência Espacial Portuguesa, Ricardo Conde, o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, o presidente da EEUM, Pedro Arezes, e a vereadora para a Mobilidade do Município de Braga, Olga Pereira.
O percurso feito por Portugal neste âmbito vai ser abordado após as 10h00 por Ana Fonseca, pioneira da tecnologia de deteção remota em Portugal e ex-diretora para a Geodesia Aplicada do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
O programa propõe a partir daqui sessões paralelas nos auditórios B1 e B2, com meia centena de oradores em oito painéis temáticos, alargando assim as opções e o networking dos participantes.
Entre os destaques, a responsável para as Missões Futuras e Arquitetura na Agência Espacial Europeia, Juliette Lambin, fala às 11h00 sobre constelações híbridas e novos avanços na conceção, lançamento e operação de satélites.
À discussão juntam-se representantes da Força Aérea Portuguesa e das empresas N3O, Dragonfly, Tekever, Geosat e Open Cosmos. Às 16h00, é a vez do diretor da Unidade de Alterações Climáticas da Universidade de Valência (Espanha), José António Sobriño, explorar os progressos das tecnologias espaciais na monitorização da temperatura da superfície terrestre, como as ilhas de calor urbanas.
Na sexta-feira, às 09h30, merecem realce as inovações na inteligência artificial para este setor, trazidas pelo gestor de produto da Development Seed, Daniel Wiesmann, seguindo-se o subdiretor-geral da Direção-Geral do Território, Mário Caetano, a apresentar a SMOS, uma nova aplicação para a monitorização das florestas e da agricultura.
Ambos estão também às 12h00 na mesa redonda “O futuro da observação da Terra em Portugal”, ao lado de Rui Teodoro (Centro de Informação Geoespacial do Exército), Francisco Vilhena da Cunha (Geosat) e João Catalão (Universidade de Lisboa). Pouco antes, explora-se igualmente estratégias de financiamento no setor, com pivôs do IAPMEI, da Agência Nacional de Inovação e da CCDR-Norte.
A sessão de encerramento, às 13h00, conta com o diretor executivo da Agência Espacial Portuguesa, Hugo André Costa, e o presidente da EEUM, Pedro Arezes. O momento inclui a entrega de prémios aos melhores póster e comunicação de estudantes.
De tarde, decorrem o “World Café AtlanticSENSE” para capacitar os municípios, além de sete workshops promovidos por empresas e universidades.